A Secretaria Municipal da Cultura anunciou na tarde desta quarta (28) a criação da Spcine, empresa de fomento ao audiovisual na cidade de São Paulo.

Com orçamento total de R$ 65 milhões, vindos do Município, do Estado e da Ancine (Agência Nacional de Cinema), a entidade será responsável por financiar e distribuir produções em cinema, TV, games e web na capital paulista. Também atuará na criação de salas de cinema na cidade.

Com previsão inicial de ter começado a operar em agosto de 2014, a Spcine passará a operar oficialmente a partir deste mês.

Segundo a secretaria municipal informou à Folha, o atraso se deveu ao fato de que a sede, na Praça das Artes, precisava ser estruturada e porque o registro comercial da empresa "tomou um tempo maior do que o estimado inicialmente". Até então, ela atuava informalmente dentro da pasta municipal de Cultura, auxiliando nos editais de cinema.

"Muita gente estranhou a demora, mas criar uma empresa pública é complexo", disse ma cerimônia Alfredo Manevy, escolhido como diretor-presidente da entidade.

Entre as primeiras ações da Spcine estão um plano de parceria entre realizadores canadenses e paulistas para rodar produções em São Paulo e linhas de financiamento anunciadas em parceria com a Ancine.

Uma delas, no valor de R$ 12 milhões, será voltada à produção de filmes de pequeno e médio porte. Outra, de R$ 6 milhões, será usado na distribuição de filmes de pequeno e médio porte. Também há linha de financiamento para pilotos de séries de TV e outra voltada a televisão em games, ainda sendo elaborada.

A cerimônia contou com a participação do prefeito Fernando Haddad, do ministro da Cultura, Juca Ferreira, do presidente da Ancine, Manoel Rangel, e de cineastas paulistas como Ugo Giorgetti, Tata Amaral, Daniel Ribeiro e Tadeu Jungle. Haddad começou seu discurso citando o colunista da Folha José Simão. "Ele diz que eu me pareço galã de cinema indiano. Já me coloco à disposição para fazer uma ponta nos filmes que vocês irão produzir."