• Ilustrada

    Sunday, 28-Apr-2024 03:14:01 -03

    Peça com Carlos Moreno, o garoto Bombril, chega aos 40 mil de público

    IARA BIDERMAN
    DE SÃO PAULO

    06/02/2015 02h30

    Um enredo simples, três atores e muitas músicas da era de ouro do rádio. Com esta fórmula o espetáculo "Florilégio" chega à quinta temporada e já atraiu quase 40 mil espectadores.

    A saga de Florilégio, personagem interpretado pelo ator Carlos Moreno, começou em 2010, em um período de "entressafra" de trabalho.

    "Quando eu e a Mira [Haar] estamos sem trabalho, ficamos pirados", conta Moreno, cujo rosto é mais conhecido pelos comerciais do Bombril.

    Para não pirar e para se divertir, resolveram criar algo em comemoração aos seus 40 anos de amizade. Eles se conheceram na adolescência e fizeram parte do Pod Minoga, grupo experimental da década de 1970 surgido a partir de um curso do dramaturgo Naum Alves de Souza.

    A criação coletiva de tudo que está envolvido em uma montagem teatral –de roteiro a figurinos e adereços– era uma característica do grupo que Moreno e Haar recuperaram para montar o primeiro "Florilégio", em 2010.

    "Mantivemos a linguagem do Pod Minoga, muito brilho, essas coisas kitsch que adoro", diz Haar, que criou os figurinos buscando tecidos e adereços que remetessem ao visual dos musicais da década de 1950."Virei a rainha da 25 de Março [rua de comércio popular de São Paulo]. Acho que vou escrever um guia."

    Ela conta que, quando começaram a pensar no espetáculo, a grande moda em humor já era a comédia stand-up. "Combinamos fazer algo fora de moda, de humor singelo, clássicos da MPB. Sei lá o que aconteceu, criou empatia com o público", diz Haar.

    Para Moreno, a peça dá tão certo porque, por meio das músicas, mexe com a memória afetiva das pessoas. "Ou elas ouviam essas canções quando eram jovens ou cresceram ouvindo os pais falarem desses cantores ou estão descobrindo e ficando fascinadas."

    Por três anos, a peça, dirigida por Elias Andreato, foi apresentada por Moreno e Haar, com o diretor musical Jonatan Harold ao piano (indicação ao Prêmio Shell 2014). Desde 2013, a dupla virou trio, com a entrada da atriz Patrícia Gasppar no elenco.

    Nesses cinco anos, a peça passou por 13 cidades do Estado, em temporadas gratuitas (a montagem tem patrocínio da Bombrill via Lei Rouanet) ou pagas, em teatros como o Alfa e o Eva Herz, na capital.

    FLORILÉGIO II - NAS ONDAS DO RÁDIO
    QUANDO estreia sáb. (7); sáb. e dom., às 16h; até 29/3
    ONDE Museu da Casa Brasileira, av. Faria Lima, 2.705, tel. (11) 3032-3727
    QUANTO grátis; retirar ingresso com uma hora de antecedência
    CLASSIFICAÇÃO livre

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024