"Se você estiver pensando em ver esse filme [...] está contaminando a mente com a sujeira deste mundo e enchendo a mente pura e as emoções de seus filhos com desejos demoníacos que vão ficar com eles por toda vida."

O aviso foi postado pelo líder da Igreja Universal, o bispo Edir Macedo, em seu blog, e ecoa uma onda de protestos de cunho religioso contra "Cinquenta Tons de Cinza".

	Divulgação
	Jamie Dornan e Dakota Johnson interpretam os protagonistas de "Cinquenta Tons de Cinza"

Para Macedo, o livro que inspira o filme "glorifica a excitação sexual sem amor, sem carinho, sem dar, sem Deus" e patrocina a"indústria mundial de perversão demoníaca", de abuso de inocentes.

"Crente não deve ver esse filme", diz à Folha o pastor Sezar Cavalcante, reitor da Faculdade Teológica Betesda, de Campinas (SP). "Ele cultua o hedonismo, o sexo sem compromisso, que gera abortos e órfãos. É uma bomba que vai explodir daqui a 10 anos."

Para a American Family Association, que defende valores cristãos nos EUA, as cenas de sadomasoquismo podem "ter um efeito corrosivo na visão cultural do que é uma sexualidade normal."

O longa também revoltou instituições que lutam contra a violência à mulher. A campanha Fifty Shades Is Domestic Abuse (cinquenta tons é violência doméstica) planeja um protesto em frente ao cinema que fará a première londrina, na quinta-feira (12).

Segundo o grupo, a trama glorifica a violência ao fazer a protagonista se submeter à dominação sexual de seu par.

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