A abertura da Sala Minas Gerais, nesta sexta (27), vai representar para a filarmônica mineira o que a Sala São Paulo, inaugurada em 1999, foi para a Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de SP).

A opinião é do diretor artístico e regente da Filarmônica de Minas, Fabio Mechetti, para quem há muitas semelhanças entre os espaços.

Como a Osesp, compara, a filarmônica mineira terá uma sala própria e maiores chances de ampliar o seu público.

	Rafael Motta
	Filarmônica de Minas na nova Sala Minas Gerais

"A Sala será o pulmão que dará novo impulso à cidade e ao Estado naquilo que passa a oferecer na sua vida cultural", diz o diretor.

Paulista de uma família de maestros, Mechetti deixou em 2008 os EUA, onde dirigiu a Sinfônica de Jacksonville, na Flórida, e foi regente associado de Mstislav Rostropovich, em Washington.

Por dois anos, a Filarmônica de Minas esperou sua casa. Antes, se apresentava no Palácio das Artes de BH.

A nova sala, no Barro Preto, região central, fica num terreno público onde no passado funcionou um mercado.

Com capacidade para 1.477 pessoas, o local custou R$ 179 milhões, segundo a Secretaria da Cultura, e fará parte de um centro cultural.

O número de assinantes já subiu quase 50% de 2014 para 2015 –totaliza agora 2.585 pessoas. O aumento do público e de patrocínio será importante para a filarmônica ampliar o seu orçamento, de R$ 26,1 milhões neste ano.

O Tesouro do Estado arca com 70% desse total, percentual que foi de 75% em 2014.

A inauguração nesta sexta (27), apenas para convidados, marca o início da temporada. A apresentação de sábado (28) será aberta ao público, mas os ingressos já estão esgotados.

Haverá participação do coro da Osesp e do coral lírico de MG. Na programação estão o hino nacional e a "Sinfonia nº 2 em Dó Menor (Ressurreição)", de Mahler.

SALA MINAS GERAIS
ONDE Sala Minas Gerais, r. Tenente Brito Melo, 1.090, Belo Horizonte
QUANDO sex., às 20h30 (para convidados), e sáb., às 20h30 (ingressos esgotados)