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    Crítica: Bela história de Lima Barreto é narrada em longa de 1957

    INÁCIO ARAUJO
    CRÍTICO DA FOLHA

    01/03/2015 02h50

    É uma bela história a do filme "Osso, Amor e Papagaios" (1957, livre, Cultura, 15h30). Vem de Lima Barreto –o escritor– e diz respeito a uma cidadezinha onde ninguém morre há dez anos, Acanguera.

    A crônica da vida local no filme de Carlos Alberto de Souza Barros e César Memolo tem seu papel, já que os papagaios do título dizem respeito às atividades extraconjugais da mulher do delegado, quando este sai para empiná-los.

    A trama –que inclui a inconveniente morte do coveiro– fala do sujeito que chega à cidade se dizendo capaz de converter ossos em ouro. Quando as pessoas descobrem isso, o local muda bastante. E o cemitério ainda mais.

    Consta que Lima Barreto estava satirizando as corridas do ouro dos EUA no século 19 ao escrever seu conto. Mas a busca desenfreada pelo dinheiro mágico é mais que um aspecto circunstancial da humanidade. Estamos no reino "do ouro e da maldição", como diria Von Stroheim.

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