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    Iphan aprova tombamento do Sesc Pompeia

    FLÁVIA FOREQUE
    DE BRASÍLIA

    05/03/2015 16h11

    O Sesc Pompeia, centro cultural na zona oeste de São Paulo, agora é patrimônio cultural brasileiro. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (5) por integrantes de conselho consultivo do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). A votação foi unânime.

    O local, onde antes funcionavam galpões de uma fábrica, é um dos projetos mais emblemáticos de Lina Bo Bardi (1914-1992), também responsável pelo Masp e pelo Teatro Oficina. O fato de o complexo representar um marco da arquitetura brasileira foi justamente um dos motivos para a decisão do órgão.

    Segundo a presidente do Iphan, Jurema de Sousa Machado, a partir do tombamento será elaborado um plano de gestão para a preservação do complexo e, posteriormente, um inventário de bens móveis e integrados do centro cultural. O objetivo é, num segundo momento, dar início a um novo processo de tombamento, complementar ao aprovado hoje.

    Daigo Oliva/Folhapress
    Parte externa do Sesc Pompeia, na zona oeste de São Paulo
    Parte externa do Sesc Pompeia, na zona oeste de São Paulo

    O pedido para possível inclusão na lista de bens protegidos foi feito em 2012, quando a unidade comemorou 30 anos de atividades. Relator da matéria no grupo, o conselheiro Carlos Eduardo Comas destacou o valor artístico do conjunto e o pioneirismo em preservar elementos tradicionais da cidade e do patrimônio industrial.

    "A intervenção de Lina tem precedentes brasileiros e estrangeiros, [mas] é óbvio que o Sesc Pompeia não perde a majestade: é a primeira reciclagem de porte no país e é diferenciada na conversão do novo uso", disse ele, em referência à transformação de uma área fabril em cultural.

    "Lina rejeitava a demolição discriminada mas, realista, não permitia a conservação pela conservação", completou Comas, professor titular da Faculdade de Arquitetura da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).

    Em 2009, o prédio já havia sido tombado pelo Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo). Agora, ele passa a ter também proteção federal.

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