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    CCBB terá educadores para animar as filas

    SILAS MARTÍ
    DE SÃO PAULO

    10/03/2015 02h04

    Depois de fenômenos de bilheteria como as mostras de Ron Mueck e do "Castelo Rá-Tim-Bum", a retrospectiva de Picasso no Centro Cultural Banco do Brasil promete ser o primeiro blockbuster deste ano –organizadores esperam 500 mil pessoas para o evento.

    Não à toa, o espaço no centro de São Paulo escalou uma equipe de 20 pessoas para organizar a entrada da mostra. A espera deve ser longa, mas para que seja mais "suave", nas palavras de Maria Ignez Mantovani, produtora da exposição, haverá atividades educativas para animar a fila, além da distribuição de textos sobre a vida de Picasso.

    "É um 'teaser' para as pessoas já irem se envolvendo com a mostra", diz Mantovani. "Elas também vão saber o tempo todo quanto tempo falta para entrar na exposição."

    Outros espaços paulistanos, como o MIS, o Tomie Ohtake e a Pinacoteca já vêm se adaptando às megaexposições, ampliando o número de bilheterias e vendendo ingressos antecipados que dão acesso com hora marcada.

    NOVA YORK

    Essa última estratégia, adotada pelo MIS e pelo Tomie Ohtake, já é praxe em gigantes como o MoMA, em Nova York, que vende ingressos até por um aplicativo para smartphones, e a Tate, em Londres.

    "Quando sabemos que uma mostra tem muito apelo, tentamos sempre aumentar o número de vendedores de ingressos com tablets na porta", diz Megan Johnson, do MoMA. "Mas não cobramos a mais pela venda antecipada on-line. É uma questão de conforto."

    No MIS, quem comprava ingressos com hora marcada pela internet pagava mais.

    PARIS

    O Louvre, museu mais visitado do mundo, com um público anual de mais de 9 milhões, realiza agora uma reforma debaixo de sua famosa pirâmide de vidro, que concentra as entradas do museu.

    No ano que vem, o número de pontos de acesso e bilheterias do espaço parisiense será dobrado para acomodar um fluxo crescente de visitantes, que hoje chegam a esperar até duas horas na fila.

    Orçada em R$ 177 milhões, a reforma do Louvre dificilmente acabará com as filas. "Qualquer museu importante tem filas", diz André Sturm, do MIS. "É só um sinal de interesse pelas exposições."

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