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    Filme "Ex Machina" discute sexualidade entre humanos e robôs

    CAROL NOGUEIRA
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE AUSTIN

    15/03/2015 22h23

    A estreia diretorial de Alex Garland, roteirista de "Extermínio" e "Sunshine - Alerta Solar", chocou a plateia do festival SXSW (South By Southwest), em Austin, nos EUA, na noite de sábado.

    O longa, que teve no festival seu debut norte-americano, discute, mais uma vez, a relação entre humanos e androides. No filme, o cientista Nathan (Oscar Isaac, de "Inside Llewyin Davis", em mais uma interpretação surpreendente) desenvolve o primeiro robô capaz de passar pelo teste de Turing, que tem como objetivo provar se uma máquina tem comportamento indistinguível de um humano.

    Para aplicar o teste, ele convoca o jovem programador Caleb (Domhnall Gleeson, de "Frank"), que venceu um suposto concurso para ter a chance de trabalhar com ele - sem saber no que. Para isso, o rapaz precisa se hospedar na casa de Nathan, uma mansão super tecnológica e isolada no meio de uma floresta, onde só é possível chegar de helicóptero.

    Caleb mal consegue acreditar que foi selecionado, e chega à casa ainda completamente deslumbrado. Ele logo é confrontado com uma imagem estranha de Nathan, que está praticando luta em um saco de pancadas. O cientista lhe faz assinar um acordo de confidencialidade e conta o motivo pelo qual Caleb está lá.

    Logo nos primeiros testes com o androide, ele descobre que Nathan criou uma mulher, Ava (Alicia Vikander), que, por sinal, é muito bonita. Ela logo começa a flertar com Caleb, que começa a criar sentimentos por ela - incentivados pelo cientista, que diz que ela é capaz de fazer sexo.

    O que se segue é uma quase história de amor entre Caleb e Ava, e os testes dos dois acabam virando, na verdade, encontros - no entanto, ambos se veem sempre através de um vidro, já que os androides criados por Nathan (sim, houve outros antes) não podem sair do local.

    Em um desses encontros, Ava pede a Caleb que ele não confie em Nathan. A partir daí, o rapaz tem que decidir se confia no humano ou no androide, e há várias reviravoltas até o fim.

    Falando sobre o filme em sessão logo após a exibição, o diretor Alex Garland disse que sua ideia para o longa veio de uma vontade de mostrar o outro lado dos robôs, que geralmente são vistos com reservas e muita desconfiança quando se fala em inteligência artificial. "Minha desconfianças estão com as pessoas. Não sinto isso com os robôs", disse.

    SXSW

    O festival SXSW (South By Southwest) começou nesta sexta-feira (13) em Austin, no Texas (EUA), e vai até o dia 22 (domingo). O festival tem destaques em cinema, música e tecnologia, mas também abrange outros assuntos, como esportes.

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