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    Mostra organizada por Hans Obrist traz seleção da arte brasileira atual

    SILAS MARTÍ
    DE SÃO PAULO

    17/03/2015 02h34

    Juntos, o suíço Hans Ulrich Obrist e o islandês Gunnar Kvaran devem ter acumulado mais milhas do que alguns pilotos de avião. Na última década, mapearam a cena artística de China, EUA e Índia. Agora chegou a vez do Brasil.

    Nomes influentes da arte –Obrist é diretor da Serpentine, em Londres, e Kvaran já comandou a Bienal de Lyon–, eles organizam a exposição "Imagine Brazil", no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo.

    A mostra, que estreou há dois anos no museu Astrup Fearnley, em Oslo, tem a ambição de trazer o mais sofisticado da arte brasileira atual e suas raízes: cada artista emergente escolheu a obra de um consagrado para fazer par com seu trabalho.

    Divulgação
    Obras que estarão na mostra "Imagine Brazil", no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo
    Obras que estarão na mostra "Imagine Brazil", no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo

    Surgiram duplas como Adriano Costa e Tunga, Gustavo Speridião e Carlos Zilio, Paulo Nazareth e J. Borges, Sara Ramo e Cildo Meireles. E há parcerias mais inusitadas, como Jonathas de Andrade e o músico Caetano Veloso.

    Os nomes são queridinhos no cenário global, tendo já participado de bienais e recebido uma calorosa acolhida da crítica internacional. "Eles são exemplos de artistas globais que construíram obras ancoradas na realidade local", diz Obrist. "Mas não pensamos em mercado. Não é uma lista de best-sellers."

    Mas parece. Quase metade dos artistas é representada por Fortes Vilaça e Mendes Wood DM, duas das galerias mais poderosas do país. São escolhas fáceis, sem risco de decepcionar os que veem o Brasil como a bola da vez.

    Questões de mercado à parte, parece haver uma predileção por artistas que privilegiam estratégias conceituais sem descartar a beleza.

    É o caso de Adriano Costa, que transforma farrapos como panos de chão em instalações de apelo cromático, e Rodrigo Cass, com vídeos em que explora a violência inerente aos objetos, como facas que atravessam um saco plástico.

    "Eles atingem resultados ao mesmo tempo poéticos e visuais, usam uma linguagem universal para tratar de singularidades", diz Kvaran.

    IMAGINE BRAZIL
    QUANDO de ter. a dom., das 11h às 20h; até 3/5
    ONDE Instituto Tomie Ohtake, r. Coropés, 88, tel. (11) 2245-1900
    QUANTO grátis
    CLASSIFICAÇÃO livre

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