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    Filhos de Marvin Gaye divulgam carta aberta sobre plágio em 'Blurred Lines'

    DE SÃO PAULO

    19/03/2015 12h02

    A revista americana "Rolling Stone" publicou nesta quarta-feira (18) uma carta redigida pelos filhos do cantor Marvin Gaye em que comentam a decisão judicial favorável à família no caso de plágio de "Blurred Lines".

    Na semana passada, a justiça americana condenou Pharrell Williams e Robin Thicke a pagar US$ 7,3 milhões aos Gaye pelas semelhanças com a canção "Got to Give it Up", lançada pelo soulman em 1977.

    No texto, a família agradece o apoio que tem recebido da indústria, dos fãs e dos amigos e afirma que, caso Thicke e Williams tivessem "tentado criar uma nova música e coincidentemente incorporado 'Got to Give it Up' em seus trabalhos, em vez de deliberadamente 'compor uma música com o mesmo groove', provavelmente não estaríamos falando sobre isso agora".

    Reprodução
    Cena do clipe de "Blurred lines", de Pharrell Williams e Robin Thicke
    Cena do clipe de "Blurred lines", de Pharrell Williams e Robin Thicke

    "Como muitos artistas, eles poderiam ter licenciado e garantido o uso apropriado da canção: um procedimento simples geralmente empreendido com antecedência ao lançamento da música. Isso não aconteceu. Nós teríamos sido receptivos a essa conversa com eles antes da divulgação do trabalho. Isso também não aconteceu", diz a carta, assinada por Nona Gaye, Frankie e Marvin III.

    A família esclarece que o júri não ouviu a gravação original de "Got to Give it Up" e que a decisão foi baseada "inteiramente" na semelhança "extrínseca e intrínseca" entre as composições, "não no 'estilo', ou no 'ritmo', 'era' ou 'gênero'", citando os argumentos da defesa. Os filhos de Gaye ainda declararam que os artistas têm o direito de se inspirar pela canção do pai, porém eles não poderiam usar a música como base para a nova composição sem nenhuma permissão.

    Nona, Frankie e Marvin falaram ainda sobre como o pai (1939-1984) reagiria caso estivesse vivo. "Ele abraçaria a tecnologia disponível aos artistas, a diversidade de escolhas musicais e os espaços acessíveis aos fãs que para reproduzir músicas. Mas sabemos que ele seria vigilante no que diz respeito a proteger os direitos do artista", escrevem. "Ele sempre deu crédito quando o crédito era devido."

    No fim da carta, a família desmentiu os boatos – "é 100% mentira" – de que considerava processar Pharrell Williams por "Happy."

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