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    Crítica: Stromae faz espetáculo bem ensaiado e perfeitamente sincronizado

    ÚRSULA PASSOS
    DE SÃO PAULO

    23/03/2015 13h24

    O cantor belga Stromae fez o público dançar e pular sem parar durante todo seu show em São Paulo. Os fãs que lotaram o Audio Club neste domingo (22) puderam assistir a um espetáculo tecnicamente bem ensaiado, com luzes, astro e banda perfeitamente sincronizados.

    O responsável pelo hit das pistas "Alors on Danse", de seu primeiro álbum, "Cheese" (2010), abriu a apresentação com a dançante "Ta Fête" e não deixou mais o público parar. Sua figura alta e muito magra –dona de uma voz poderosa– executava passos de dança divertidos e que, por vezes, lembravam a angolana kuduro.

    Além dos quatro músicos da banda, o palco contava com um telão no qual um desenho de Stromae –com sua característica gravata borboleta– passeava enquanto o músico não estava presente, trocando de roupa, por exemplo.

    Ali também surgia um exército de "dançarinos digitais" que executavam coreografias seguindo os passos do cantor, como em "Carmen", canção de seu segundo álbum, "Racine Carrée" (2013), inspirada no tema principal da ópera de Bizet.

    Toda a equipe do show, dos músicos e roadies ao fotógrafo, usava uma espécie de uniforme preto e branco, que muito tem a ver com o figurino vestido pelo belga: bermuda, meias até o joelho, camisa, gravata borboleta e chapéu.

    O músico comanda a marca coletiva Mosaert, que faz meias e camisas polo com estampas gráficas.

    Teatral como se estivesse filmando um videoclipe, ele passou maquiagem para "Tous les Mêmes", em que incorpora homem e mulher, sentou-se para tomar uma bebida em "Ave Cesaria", homenagem a Cesária Évora (1941-2011), e se fingiu de bêbado em "Formidable".

    LÍNGUA LOCAL

    Com grande número de franceses, belgas e outros francófonas na plateia, Stromae pôde conversar despreocupadamente com o público, que acompanhava o músico nas letras rápidas e cheias de trocadilhos.

    O belga chegou mesmo a fazer uma piada sobre ter se sentido traído nos Estados Unidos –onde estava para o festival SXSW– ao comer um hamburguer e batatas fritas, que se chamavam "french fries" (fritas francesas). "Não são francesas, são belgas", defendeu ele antes da música "Moules Frites", prato típico belga de mariscos e batatas fritas.

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