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    Cauby Peixoto lança disco em abril e comemora alta: 'Estou aqui, tudo OK!'

    CHICO FELITTI
    COLUNISTA DA 'SÃOPAULO'

    24/03/2015 12h49

    O projeto do novo CD de Cauby Peixoto, que chega às lojas em abril, começou há cinco anos, mas é acalentado pelo cantor "desde sempre".

    Em sua primeira entrevista após receber alta de uma internação de três semanas, segundo ele para realizar um check-up médico anual no tratamento para controlar o diabetes, Cauby fala do álbum, com regravações do repertório do cantor e pianista de jazz americano Nat King Cole (1917-1965). "É um dos artistas que me formaram."

    "Começou com o Nat King Cole, mas não vai terminar com ele." Foi assim que Cauby, 84, contou à Folha, em setembro de 2014, que acabara de gravar um álbum com o repertório do músico que ajudou a popularizar o jazz nas décadas de 1940 e 1950.

    "É o que eu queria gravar de verdade", contou o cantor. Seu esquema fabril de lançamento, de um CD por ano, obedece a um rodízio: "Faço um trabalho para a gravadora e um que eu quero fazer". O álbum de Cole se encaixa no segundo grupo, ao contrário de outro com o cancioneiro de Roberto Carlos, lançado em 2009. "Este eu fiz para vender. E tudo bem."

    "Ele [Cauby] ama aquele lance dos graves da voz do Nat, que se parecem muito com os desenhos que ele faz com a voz", diz Thiago Marques Luiz, produtor do disco.

    O repertório é quase inteiro feito de sucessos em inglês, como "An Affair to Remember", "Unforgettable" e "When I Fall in Love", além de um bolero em espanhol, "Noche de Ronda".

    E tem "Blue Gardenia", música de Cole que Cauby diz ser a primeira canção que gravou. Ou, como falou em 1999: "É a música da minha vida. Mais do que 'Conceição'".

    O disco terá nome em inglês, "Cauby Sings Nat King Cole", e tem como capa a foto em branco e preto de um branco e um negro: o jovem Cauby posando com Cole –ambos em roupa de gala, numa apresentação em Nova York na década de 1950.

    "É uma sensação. Depois que eu estive com Cole, passei a gravar os sucessos dele e viraram um pouco meus."

    Cauby só deu pausas no trabalho para tratar complicações ligadas ao diabetes que o acompanha há duas décadas. "Eu tive diabetes, fui para o hospital fazer um check-up. É ruim, mas rápido. Estou aqui, tudo OK!"

    De alta há pouco mais de uma semana, Cauby já sai de casa para cumprir sua rotina de fisioterapia e outros afazeres por Higienópolis, bairro paulistano onde mora. Mas nada de trabalho ainda. Ainda.

    A equipe já conta com a gravação de um novo disco em abril. "Temos shows marcados para daqui a umas semanas, mais para a frente. Mas por enquanto não terá nada do CD novo, só o repertório dele", diz Nancy Lara, a empresária que medeia a conversa por telefone com o cantor, que ainda não está recebendo visitas e tem alguma dificuldade para escutar vozes do outro lado do telefone.

    Quando a reportagem pede que ela pergunte a Cauby como ele se sente, um vozeirão responde: "Demais! Muito bom! Animado!".

    CAUBY SINGS NAT KING COLE
    ARTISTA Cauby Peixoto
    GRAVADORA Nova Estação
    QUANTO média de R$ 25

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