Uma das cidades mais importantes para a evolução da arquitetura moderna e paradigma de metrópole vertical do século 20, Chicago terá a partir de outubro deste ano sua própria Bienal de Arquitetura. A primeira edição do evento será organizada pelo britânico Joseph Grima e pela norte-americana Sarah Herda.

Enquanto Grima já editou a revista "Domus" e já ajudou a organizar a Bienal de Design de Istambul, além de criar mostras para a Bienal de Arquitetura de Veneza, o New Museum, em Nova York, e a Trienal de Milão, Herda é atual diretora da Fundação Graham, em Chicago, que ajudou a financiar pesquisas de peso na arquitetura, como "Nova York Delirante", do arquiteto holandês Rem Koolhaas.

"Estamos olhando para a arquitetura como uma prática cultural em vez de profissional", diz Herda, em nota divulgada pela Bienal de Arquitetura de Chicago. "Queremos falar mais de como ideias podem moldar prédios em vez de falar só da estrutura desses prédios."

Nomes de peso da arquitetura e das artes visuais também orientam as decisões de Grima e Herda à frente da mostra. Fazem parte do conselho o tanzaniano David Adjaye, a polonesa Elizabeth Diller, da firma Diller + Scofidio, de Nova York, o arquiteto canadense Frank Gehry e o curador suíço Hans Ulrich Obrist, entre outros.

Representando o Brasil em Chicago estará a firma RUA Arquitetos, fundada por Pedro Rivera e Pedro Évora no Rio. Eles estão projetando o Campo Olímpico de Golfe para as Olimpíadas do ano que vem e também foram os únicos brasileiros convidados para a mostra "Uneven Growth", realizada pelo MoMA, em Nova York, com um projeto em que interpretavam o estilo de vida carioca para inspirar soluções arquitetônicas na cidade.