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    Diretor Carlos Nader vence É Tudo Verdade pela 2ª vez consecutiva

    GUILHERME GENESTRETI
    DE SÃO PAULO

    20/04/2015 02h29

    Pelo segundo ano consecutivo, o diretor Carlos Nader foi o maior vencedor do festival de documentários É Tudo Verdade, a mais importante mostra do gênero no país.

    Seu filme, "A Paixão de JL", sobre o artista plástico José Leonilson (1957-1993), levou os prêmios de melhor longa nacional segundo o júri do festival e segundo a Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema).

    A cerimônia de premiação aconteceu na noite de sábado (18), em São Paulo.

    Joel Silva/Folhapress
    Carlos Nader recebe o prêmio de melhor documentário nacional no Cine Livraria Cultura
    Carlos Nader recebe o prêmio de melhor documentário nacional no Cine Livraria Cultura

    Nader já havia levado o mesmo prêmio em 2014 com "Homem Comum", que acompanhou por 20 anos a trajetória do caminhoneiro Nilson. Também venceu em 2008 com "Pan-Cinema Permanente".

    "A Paixão de JL" é conduzido pela voz de José Leonilson, morto em decorrência da Aids, aos 36. O filme usa como base as fitas cassete nas quais o artista plástico gravou uma espécie de diário em seus últimos três anos de vida com comentários sobre amor, arte, os acontecimentos da época e sua doença.

    "Achei que nunca me dariam esse prêmio pela terceira vez", diz Nader à Folha.

    O diretor foi amigo de Leonilson. "O filme é do Leonilson também: as fitas não são um diário que ele guardava com ele mesmo; são uma autobiografia que ele queria mostrar para os outros."

    OUTROS PREMIADOS

    A mostra também premiou longas internacionais e curtas brasileiros e estrangeiros.

    Na categoria de filme internacional, o escolhido do júri foi "A França É a Nossa Pátria", do cambojano Rithy Pahn, que trata dos resquícios da colonização francesa no sudeste asiático.

    Já o curta "Cordilheira de Amora II", de Jamile Fortunato, sobre uma indiazinha que sonha em ser atriz, ganhou como melhor produção nacional segundo o júri do festival e segundo a Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-Metragistas.

    Na categoria de melhor curta internacional, o vencedor foi o polonês "Supercondomínio", de Teresa Czepiek, sobre um edifício residencial.

    O longa chileno "Hora do Chá", de Maite Alberdi, e o curta alemão "Urso", de Pascal Flörks, ganharam menções honrosas do júri.

    Os curtas brasileiros "Sem Título # 2", de Carlos Adriano, e "De Profundis", de Isabela Cribari, também foram premiados. O primeiro levou o troféu da Abraccine, e o segundo ganhou o prêmio especial concedido pelo Canal Brasil.

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