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    Eterno Cabeção da 'Malhação' se reinventa como cantor de funk

    FERNANDA REIS
    DE SÃO PAULO

    24/04/2015 02h30

    Divulgação
    A dupla de funk Cabeção (à esquerda) e Dino Boyer
    A dupla de funk Cabeção (à esquerda) e Dino Boyer

    Sérgio Hondjakoff saiu do elenco de "Malhação" há dez anos, mas a novela nunca o deixou. É com o nome de seu personagem no folhetim, Cabeção, que ele reconstrói sua carreira, agora como cantor.

    Afastado das novelas desde 2009, quando fez "Bela, a Feia", da Record, Hondjakoff, 30, é hoje metade da dupla de funk Dino Boyer e Cabeção, que lançou neste mês sua segunda música, "A Paulistinha", na internet.

    "A gente faz um funk mais light, nossas letras não têm nenhuma sacada muito maliciosa. É até um pouco ingênuo", resume Hondjakoff. "Nossa definição é pop funk melody. É na 'vibe' do Claudinho & Buchecha. Uma mistura de música popular com batidão", completa Boyer.

    Apesar de ter ficado conhecido como ator, Hondjakoff tinha tido uma experiência musical nos anos 1990, no grupo infantil Terra Encantada, com o qual gravou um disco.

    "Era tipo um Trem da Alegria. Foi um momento bem legal, quando emagreci pela primeira vez. Eu era super gordinho. Era show de bola."

    Por ora, ele não compõe. "Escrevo umas palavras soltas. Dificilmente consigo reunir uma ideia clara e acreditar nela", diz. "Tenho algumas poesias que não são muito comerciais, digamos assim."

    A decisão de adotar a alcunha Cabeção como nome artístico, conta, foi para facilitar o reconhecimento. "A gente optou por fazer alusão ao grande personagem que nunca foi esquecido", diz Dino.

    Hoje, Hondjakoff não se importa em ser o eterno Cabeção, papel que interpretou de 2000 a 2005. "No começo da 'Malhação', eu ficava incomodado. Hoje acho uma coisa boa. Estou bem mais maduro. É uma honra ter esse apelido. É sonoro", diz, rindo.

    Ele deixou o elenco da trama juvenil com pompa: em sua última cena, todo o elenco gritava o nome de seu personagem, que começou a trama como irmão do mocinho Marcelo (Fábio Azevedo) e foi ficando, ganhando espaço.

    "Eu sabia que era uma oportunidade única de aprender", afirma, explicando por que ficou tanto tempo na novela. "E também pelo lado financeiro. Precisava ficar."

    Quando começou a enjoar do papel, pediu para sair. "Faltou um pouco de maturidade. Eu poderia ter ficado mais, eles queriam. Enfim."

    Logo que saiu, foi coadjuvante em "Pé na Jaca" e protagonista de um dos primeiros vídeos virais brasileiros, ao dar uma entrevista embriagado em Brasília. Ali popularizam-se o recém-criado YouTube e uma série de frases proferidas pelo ator –como "eterno nessa Brasila" e "sapinhôôô".

    Depois, os papéis foram minguando e ele mudou para a Record, onde fez apenas uma novela. Ficou fora da TV até 2014, quando passou alguns meses no "Video Show", da Globo. Mas aí já estava seguindo a carreira de cantor.

    "Já na época da 'Malhação' eu falava com o Cauã [Reymond] para a gente fazer uma música. A gente enrolava, enrolava, e nunca saiu o funk do Ogromóvel [o carro que seus personagens dividiam]."

    Agora o foco é cantar, diz. Dino e Hondjakoff buscam uma gravadora para o primeiro disco e planejam um clipe de "A Paulistinha".

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