Luz, o principal cartunista da revista satírica francesa "Charlie Hebdo", alvo de um violento atentado jihadista em janeiro passado, anunciou que não vai mais fazer charges com o profeta Maomé.
"Não vou desenhar mais a personagem de Maomé, ele não me interessa mais", declarou ele na quarta-feira (28).
O número da "Charlie Hebdo" publicado depois do ataque tinha na capa uma caricatura de Maomé com um cartaz anunciando "Eu sou Charlie" e "Está Tudo Perdoado", o que desencadeou protestos em vários países muçulmanos.
Divulgação | ||
Capa do "Charlie Hebdo" após o atentado, assinada por Luz |
Publicada uma semana depois do atentado que deixou 12 mortos em 7 de janeiro, a revista foi lançada com 8 milhões de exemplares, um recorde histórico para a imprensa francesa.
PEN
Nesta semana, seis escritores cancelaram sua participação no baile de gala da fundação PEN, fundada por autores para defender a liberdade de expressão, que homenageará o "Charlie Hebdo". Como justificativa, os autores disseram não concordar com as provocações ao islã promovidas pelo periódico.