• Ilustrada

    Monday, 17-Jun-2024 15:45:57 -03

    Filarmônica austro-húngara se apresenta pela 1ª vez no Brasil

    GISLAINE GUTIERRE
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    12/05/2015 02h40

    Na sua carreira, Haydn compôs 104 sinfonias. Todas já foram gravadas pela Austro-Hungarian Haydn Philharmonic, que faz suas primeiras apresentações no Brasil na terça (12) e na quarta (13), na Sala São Paulo, dentro da temporada da associação cultural Mozarteum Brasileiro.

    As récitas abarcam obras do período clássico, incluindo uma de Haydn: "Sinfonia nº 92 em Sol Maior, Oxford".

    Joseph Haydn (1732-1809) forma, com Mozart (1756-91) e Beethoven (1770-1827), a tríade dos principais compositores do classicismo vienense. No programa da Austro-Hungarian, em vez de Beethoven estará Schubert (1797-1828), que viveu a transição do classicismo para o romantismo.

    Na primeira récita, além de Haydn, serão executados os concertos para piano nº 19 em Fá Maior K459 e nº 25 Dó maior, KV503, de Mozart, em que o maestro alemão Alexander Lonquich será o solista. Na quarta, o nº 19 dá lugar à "Sinfonia nº 5 em Si Bemol Maior, D 485", de Schubert.

    A ideia de Lonquich é mostrar as conexões e diferenças entre os compositores. "A melancolia de Schubert parece ser um olhar para a forma como Mozart tocava, mas a partir de certo ponto Schubert encontra sua independência."

    Lonquich também faz a comparação entre os dois concertos de Mozart. "O nº 19 é mais íntimo. Tem algo da ópera 'A Flauta Mágica' e, como todo concerto de piano de Mozart, bastante oboé", diz. "Já o nº 25, com trompetes, é bastante extrovertido."

    Mozart e Schubert são especialidades de Lonquich. Em 1977, o pianista venceu o concurso Alessandro Casagrande, na Itália, em edição dedicada a Schubert. Então lançou-se em carreira internacional como solista aos 16 anos.

    Suas gravações de Mozart e Schubert ainda lhe renderam o Diapason d'Or (França), o prêmio Abbiati (Itália), e o prêmio Edison (Holanda).

    A Austro-Hungarian, fundada em 1987, hoje tem sua sede no palácio de Esterházy, na Áustria. Lá, Haydn trabalhou durante parte dos 33 anos em que foi músico da família Esterházy. Nos verões, o compositor ia para outro palácio, o Eszterháza, na Hungria.

    AUSTRO-HUNGARIAN HAYDN PHILHARMONIC
    QUANDO ter. (12) e qua. (13), às 21h
    ONDE Sala SP, pça. Júlio Prestes, s/nº, tel. (11) 3367-9500
    QUANTO de R$ 130 a RS 400
    CLASSIFICAÇÃO livre

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024