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    Crise e carrapatos fazem Feira do Livro de Ribeirão Preto encolher

    MARCELO TOLEDO
    DE RIBEIRÃO PRETO

    15/05/2015 16h25

    Com orçamento, locais de atividades e duração encolhidos em comparação com anos anteriores, a Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), que chega à 15ª edição, foi lançada na manhã desta sexta-feira (15).

    As mudanças foram provocadas pela crise econômica que o país atravessa, de acordo com o presidente da Fundação Feira do Livro, Edgard de Castro. Dos R$ 3,6 milhões investidos na edição de 2014, o total caiu para R$ 1,5 milhão, agora.

    Mas também foram forçadas por uma exigência da Secretaria da Saúde de Ribeirão, que vetou o uso do parque Maurilio Biagi, na região central, devido à infestação de carrapatos no local.

    Em vez de dez dias, como em 2014, a feira terá oito –de 14 a 21 de junho. O transporte de estudantes das redes estadual e municipal para o evento também sofreu alterações, assim como o número de escritores participantes.

    "Os investimentos caíram. Tivemos de fazer uma reengenharia e otimizar os recursos que a gente tinha", disse Castro.

    Sobre a infestação de carrapatos, revelada pela Folha em 2011, o presidente da fundação disse que o veto ocorreu porque, até mesmo no desmonte dos estandes pós-feira, pode ser que algum carrapato existente no local seja transportado no meio do material.

    Sem o parque, as atividades previstas para lá foram redistribuídas para locais como o Theatro Pedro 2º. O objetivo do evento, a exemplo do que houve no ano passado, é "ocupar" a cidade com a literatura.

    Haverá atividades no Centro Cultural Palace, no Marp (Museu de Arte de Ribeirão Preto), nos teatros de Arena e Municipal e até na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), segundo a prefeita de Ribeirão, Dárcy Vera (PSD).

    Durante a cerimônia de apresentação do evento, Dárcy chegou a dizer que o parque Maurilio Biagi "deu certo, foi um sucesso", sem citar que o local está vetado para este ano.

    O cartão-livro, utilizado pelos estudantes para adquirir obras em exposição na feira, também não está garantido. Segundo Castro, o projeto ainda está em negociação.

    *

    DESTAQUES DA PROGRAMAÇÃO

    14 de junho
    Eliane Brum, às 16h
    Mário Sérgio Cortella, às 18h30

    15 de junho
    Gregorio Duvivier, às 11h

    16 de junho
    Pedro Bandeira, às 8h30
    Ignácio de Loyola Brandão, às 16h
    Lauro César Muniz, às 19h

    17 de junho
    Luiz Felipe Pondé, às 18h30

    18 de junho
    Augusto Cury, às 18h30
    Frei Betto, às 21h

    19 de junho
    Ana Miranda, às 18h30

    20 de junho
    Fábio Moon e Gabriel Bá, às 11h
    Maria Rita Kehl, às 16h

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