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    Casa de Mário é reaberta com vídeos raros e objetos pessoais

    RAQUEL COZER
    DE SÃO PAULO

    23/05/2015 02h30

    Aos poucos, ressurge no imaginário a figura do modernista Mário de Andrade, cuja morte completou 70 anos em fevereiro e que será o homenageado da Flip neste ano.

    Um mês depois de vir à tona o único áudio conhecido do autor de "Macunaíma", imagens raras e objetos pessoais passam a integrar a exposição permanente "A Morada do Coração Perdido", que será aberta neste sábado (23) na Casa de Mário de Andrade, na Barra Funda.

    A mostra marcará a reabertura ao público, após cinco meses de obras, no valor de R$ 550 mil, da oficina cultural que leva o nome do escritor. É uma das 15 oficinas que restaram no Estado após o fechamento de seis casas, no mês passado, por corte de gastos do governo paulista.

    Com atividades mais voltadas à área literária, a casa onde morou o escritor e que funciona como oficina desde 1990 tem agora uma "musealização modesta para um sujeito que não era nada modesto", como define o curador da mostra, Carlos Augusto Calil.

    Alguns ambientes foram parcialmente recuperados –a casa tal como era aparecerá na mostra em vídeo feito a partir de imagens de Thomaz Farkas, tomadas em 1968, antes de o acervo ser doado ao Instituto de Estudos Brasileiros (IEB), na USP.

    Entre as novidades, uma sala voltada à relação de Mário com a música, onde está o piano no qual dava aulas e que terá trilha de músicas adoradas por Mário –incluindo as faixas localizadas neste ano, nas quais se ouve o autor em cantos populares.

    Em outra sala, serão exibidos uma linha do tempo e vídeos das várias facetas do poeta, crítico, pesquisador e gestor cultural. Nas paredes das duas salas, foi resgatada, sob várias mãos de tinta, a pintura ornamental original.

    Em outro ambiente, serão projetados dois vídeos com imagens raras de Mário, um deles numa festa popular em Santa Isabel, no interior de SP, e outro na inauguração da Casa Modernista, na capital, no início dos anos 1930.

    No andar superior, há salas para os aulas da oficina –que agora conta ainda com um galpão vizinho para mostras, peças de teatro e cursos.

    A meta de Calil é "musealizar" toda a casa, incluindo o segundo andar. Para isso, falta desapropriar duas casas vizinhas que pertenciam à família de Mário e que passariam a abrigar os cursos. O processo está em andamento pelo governo paulista.

    OFICINA CULTURAL CASA DE MÁRIO DE ANDRADE
    QUANDO reabertura neste sábado, às 11h; de seg. a sex., das 13h às 22h, sáb., das 9h às 13h
    ONDE rua Lopes Chaves, 546, Barra Funda, tel. 3666-5803
    QUANTO grátis

    Veja vídeo com imagens da casa em 1968

    Veja

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