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    CRÍTICA

    Agradável de ver, 'Deixa Rolar' não sobrevive a olhar mais atento

    SÉRGIO ALPENDRE
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    16/06/2015 02h30

    A premissa de "Deixa Rolar" é interessante. Um roteirista (Chris Evans, mais conhecido como Capitão América), que nos créditos aparece como "narrador", recebe a incumbência de escrever o roteiro de uma comédia romântica, mas não se sente à vontade quando deve falar das razões do coração.

    O motivo do bloqueio é um tanto bocó: quando criança, foi abandonado pela mãe, ouvindo dela, antes, um sincero "eu te amo". Desde então, é incapaz de ter um relacionamento, até conhecer uma mulher (Michelle Monaghan), apresentada como "ela".

    Divulgação
    Cena do filme "Deixa Rolar".
    Michelle Monaghan e Chris Evans em cena do filme "Deixa Rolar".

    O obstáculo à concretização desse possível amor é que ela é comprometida, e não quer abandonar a segurança pela incerteza. O narrador, então, passa os dias lamentando com os amigos, estes com os devidos nomes: Mallory (Aubrey Plaza), Scott (Topher Grace), Samson (Luke Wilson) e Lyle (Martin Starr).

    A história é bem manjada, mas é de histórias manjadas que a comédia romântica se alimenta desde Ernst Lubitsch ("A Loja da Esquina", de 1940). Agradável de se ver como quase todo filme do gênero, "Deixa Rolar" não sobrevive a um olhar mais atento.

    Seu maior problema é a insistência em um tipo de esperteza narrativa que, em doses menores, poderia funcionar. E assim fica difícil sermos realmente tocados pela possibilidade de romance entre o narrador e "ela".

    DEIXA ROLAR
    QUANDO: EM CARTAZ
    ELENCO: CHRIS EVANS, MICHELLE MONAGHAN E ION GRUFFUDD
    PRODUÇÃO: EUA, 2014, 14 ANOS
    DIREÇÃO: JUSTIN REARDON

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