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    Cachê de R$ 150 mil de Caetano Veloso é o mais caro da Virada Cultural 2015

    GABRIELA SÁ PESSOA
    DE SÃO PAULO

    20/06/2015 02h00

    Medalhão da Virada Cultural, que começa neste sábado (21) em São Paulo, o show de Caetano Veloso –no domingo (20), às 18h, para encerrar o evento no palco Júlio Prestes– custou R$ 150 mil à organização. Segundo a prefeitura, é o maior cachê do evento. O Monobloco fará o show de abertura da Virada, hoje, às 18h.

    O valor pago a Caetano é cinco vezes maior do que será pago ao trio Hermeto Pascoal, Arismar e Nenê –uma das atrações mais queridas pelos realizadores deste ano, como disse o curador José Mauro Gnaspini ao anunciar a programação da Virada. Eles receberão R$ 30 mil para o show no Theatro Municipal.

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    Com orçamento de R$ 14 milhões, semelhante ao de 2014, o evento está pagando cachês no mesmo patamar –ou ligeiramente maiores– do que no ano passado. Boa parte das principais atrações ficou na casa dos R$ 30 mil.

    Por exemplo, o show da cantora de soul americana Martha Reeves & The Vandellas, que encerraria a programação no palco Júlio Prestes (assim como Caetano), foi contratada por R$ 123 mil, corrigidos pela inflação (a apresentação acabou cancelada após uma tempestade, e foi remarcada para novembro, no Ibirapuera).

    Outra atração internacional de 2014, o show da banda Uriah Heep saiu por R$ 134 mil, valor também ajustado de acordo com a inflação.

    SEM DÓLAR

    A ausência de grandes shows de artistas estrangeiros na Virada –os que virão, estarão nos festivais parceiros Experimenta Portugal e Cultura Inglesa– "foi uma opção, considerando o custo", disse à Folha o secretário de Cultura, Nabil Bonduki.

    "Para trazer um artista de fora, tem os custos de passagem, hospedagem, o cachê em dólar ou euro", afirma Bonduki. "Com o cachê de um estrangeiro fazemos a roda de choro inteira [130 músicos se revezando por 24 horas na praça do Patriarca]."

    O secretário defende os recursos destinados ao evento.

    "É complicado medir o público do evento, mas se considerarmos que será de um milhão, a Virada sai a R$ 14 por pessoa", comenta. "É muito difícil promover uma atividade cultural em ambiente fechado cobrando esse valor de ingresso, com esse custo-benefício."

    Bonduki diz trabalhar "com a perspectiva de reduzir o peso da Virada" no orçamento da pasta –em 2015, foi de 3%, de um total de R$ 410 milhões liberados pela administração. "A meta é fazer um movimento de ocupação do centro ao longo do ano inteiro, com menos ônus para a prefeitura", diz.

    O secretário cita como exemplos o Theatro Municipal, o Mês da Cultura Independente, com festas de rua, e a Mostra Internacional de Cinema.

    OUTROS LOCAIS

    Disse também que está dialogando com mais embaixadas –como o caso de Portugal, que organizou a programação do Ibirapuera na Virada– para estabelecer parcerias.

    Em 2015, a festa expandiu a programação para a periferia, com quatro palcos de funk. Por outro lado, encolheu o perímetro do centro, para evitar arrastões.

    Serão menos locais, que incluem vans ou atrações itinerantes: 48 em 2015 ante os 62 de 2014 Cai também o número de palcos: 16 agora, 17 em 2014 e 24 em 2013.

    O policiamento será reforçado na madrugada, com 54 bases da Polícia Militar instaladas nas rotas de circulação do evento (destacadas no mapa acima, em azul).

    MINHOCÃO

    A programação da Virada sofreu uma pequena reviravolta na noite de quinta (18), quando a programação no Minhocão foi cancelada por falta de segurança no local. As 11 atividades previstas migrarão para o entorno.

    Até a conclusão desta edição, a CET não havia informado se a via fecharia para carros às 15h do sábado, como o previsto para o evento, ou às 21h30, como ocorre tradicionalmente neste dia.

    Editoria de Arte/Folhapress
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