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    Prefeitura cogita diminuir Virada Cultural em próximas edições

    GABRIELA SÁ PESSOA
    DE SÃO PAULO

    23/06/2015 02h25

    O novo modelo adotado pela organização da Virada Cultural –que diminuiu seu perímetro no centro e propôs atrações mais "light" na madrugada– pode se consolidar como alternativa para as futuras edições do evento, segundo o secretário municipal de Cultura, Nabil Bonduki.

    Visivelmente mais vazia, a 11ª edição do evento, com orçamento de R$ 14 milhões e 24 horas de atrações gratuitas, aconteceu no último fim de semana (20 e 21), em São Paulo.

    Infográfico MAIS SEGURA - Crédito: Editoria de Arte/Folhapress

    "Isso ainda vai fazer parte de uma avaliação mais geral. A nossa é de que a madrugada, em que o grande problema era uma sensação de violência e insegurança, foi um sucesso", afirmou Bonduki à Folha na manhã desta segunda-feira (22).

    Além de encolher no centro, a Virada teve policiamento reforçado. Foram 3.400 homens nas ruas durante o evento –698 a mais do que em 2014, segundo o balanço divulgado pela Polícia Militar.

    Como resultado das estratégias, o número de ocorrências caiu. Foram registrados quatro roubos em 2015, ante 21 em 2014. Não houve esfaqueados e baleados neste ano –no ano passado, respectivamente, foram quatro e sete.

    A menor quantidade de público no evento também ajudou. Para o secretário, a resposta de que a festa foi mais segura do que no ano passado é "positiva, mesmo com menos público na madrugada".

    Para Bonduki, a Virada "já é suficientemente grande". Ele prefere não calcular o público –nos outros anos, estimou-se entre 3 e 3,5 milhões.

    Após circular na Virada (até as 5h de domingo e, depois, a partir das 9h), o secretário diz pensar que o evento pode passar a oferecer menos atrações nesse horário.

    "Alguns eventos podem não acontecer necessariamente a noite toda", diz. Segundo o secretário, é necessário avaliar "caso a caso" da programação na madrugada, "para ver qual é a presença do público e o interesse".

    O vereador e ex-secretário de Estado de Cultura Andrea Matarazzo (PSDB), autor da lei que instituiu a festa no calendário de SP, concorda. "Por que tem que ser tudo 24 horas? As pessoas vão variando."

    Matarazzo elogiou esta edição. "Você não consegue ter sucesso [de público] em todos os palcos o tempo todo. É um evento que precisa ter uma dimensão apropriada e, neste ano, acho que teve. Foi bom."

    O vereador diz que o modelo de 2015, enxuto no centro e com opções espalhadas pela cidade, retoma as primeiras festas, de que fez parte. "É o que defendo, palcos certos nos lugares certos e atrações na periferia. Concentrar gente demais é asfixiante e assusta."

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