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    Estilista Jeremy Scott arrisca ao subverter masculinidade

    PEDRO DINIZ
    ENVIADO ESPECIAL A FLORENÇA

    05/07/2015 02h36

    As grifes italianas que enveredam pela moda masculina costumam manter intacto o ideal de elegância da alfaiataria italiana e seus ternos cortados à mão. Não é o caso da Moschino. Ou melhor, do americano Jeremy Scott.

    Desde que assumiu a direção de estilo da marca, em 2013, Scott retirou das araras a imagem sóbria das coleções femininas e masculinas para investir em figuras pop, como os personagens Bob Esponja e Barbie, e tirar o sobrenome do estilista Franco Moschino (1950-1994) do ostracismo.

    Em seu primeiro desfile em Florença, feito num prédio do século 16 durante a feira Pitti Uomo, Scott colocou referências a motoqueiros, pilotos de Fórmula 1 e ao escritor (e cafajeste) italiano Giacomo Casanova (1725-1798) para montar uma coleção metade feminina e metade masculina.

    "Queria misturar diversos estereótipos, não me concentrar numa única imagem. E recriar de forma divertida esse homem antigo, renascentista, com muita cor e maquiagem", explicou Scott à Folha, nos bastidores da apresentação.

    Ao ironizar a elegância italiana em logos, shorts de ciclistas e muita pele à mostra, o estilista, responsável por parte do guarda-roupa de popstars como Lady Gaga, Katy Perry e Rihanna, executa uma de suas mais ousadas e andróginas coleções.

    Apesar de a marca não ter loja no país, Scott acredita que a coleção agradará aos brasileiros. "Conheço o Brasil, e os brasileiros são tão divertidos quanto a Moschino."

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