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    Crítica

    Disco não traz novidade, mas é puro New Order, e isso já basta

    ANDRÉ BARCINSKI
    ESPECIAL PARA A FOLHA

    07/09/2015 02h02

    "Music Complete" é o décimo disco de estúdio do New Order e o primeiro lote de músicas novas em dez anos (a banda lançou "Lost Sirens" em 2013, mas o álbum consistia em músicas gravadas para "Waiting for the Sirens' Call", de 2005). É também o primeiro trabalho sem o baixista Peter Hook, que saiu em 2007, depois de brigas intensas com o cantor e guitarrista Bernard Sumner.

    Membros do New Order classificaram "Music Complete" como "o mais eletrônico dos discos da banda".

    De fato, parece haver menos guitarras e baixo do que em outros discos, mas canções como "People on the High Line" ou a faixa de abertura, "Restless", com uma daquelas linhas de baixo que Peter Hook cansou de gravar, mostram que a banda continua imbatível na arte de gravar músicas que funcionam tanto na pista quanto no palco.

    O disco tem convidados de peso: Tom Rowlands (Chemical Brothers) produziu duas faixas, Iggy Pop fez um vocal sombrio e sussurrado em "Stray Dog", e dois astros pop -Elly Jackson, do grupo synthpop La Roux e Brandon Flowers, da banda The Killers- também emprestaram suas vozes a algumas canções.

    O disco não aponta nenhum caminho novo ou diferente para o New Order, e nem precisaria: a banda é uma das grandes inovadoras do pop rock dos últimos 35 anos e praticamente escreveu o manual de como agradar simultaneamente a fãs de rock e de música eletrônica.

    "Music Complete" não vai mudar a música, como "Blue Monday" fez em 1983, mas é puro New Order, e isso basta.

    ANDRÉ BARCINSKI é jornalista e autor do livro "Pavões Misteriosos" (Três Estrelas)

    MUSIC COMPLETE
    artista New Order
    gravadora Mute
    lançamento em 25/9
    avaliação muito bom

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