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    Em Veneza, filme de viúva de Lou Reed retrata o amor na visão do roqueiro

    GUILHERME GENESTRETI
    ENVIADO ESPECIAL A VENEZA

    09/09/2015 18h30

    A multiartista Laurie Anderson diz que muito do espírito do ex-marido, o roqueiro Lou Reed, está em "Heart of a Dog", filme dirigido por ela que compete em Veneza.

    "Falávamos muito sobre força sobre como se pode expressar as coisas simplesmente", afirmou logo após exibir o filme à imprensa. "Heart of a Dog", contudo, tem pouco do lado agressivo de Reed.

    O documentário –uma grande digressão audiovisual sobre temas como vida, morte e memória-tem mais a ver com a serenidade com que a multiartista se apresenta.

    Divulgação
    Cena do filme Heart of a Dog / Divulgação
    Cena do filme "Heart of a Dog"

    "O filme combina coisas com as quais eu já trabalho: imagens, música e histórias", diz ela pausadamente, quase omo se fosse uma guru new age. "É sobre amor, mas com a definição de Lou sobre amor."

    A história de Lolabelle, a cachorrinha da diretora, é, de alguma forma, o fio condutor do filme e o pretexto para que a narração de Laurie passe por temas tão diversos como o vocabulário dos cães, o clima de hiper-vigilância pós-11 de Setembro e as barreiras da linguagem para Wittgenstein, entremeadas por citações budistas e do autor David Foster Wallace.

    O filme foi saudado com um longo aplauso após a sessão, coisa que se repetiu na obra seguinte exibida, "11 Minut", do veterano polonês Jerzy Skolimowski, sobre o poder do acaso na vida de personagens de núcleos distintos.

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