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    Acordo com telefônica alivia dívida milionária do Masp

    GABRIELA SÁ PESSOA
    DE SÃO PAULO

    23/09/2015 16h53

    Um acordo firmado entre o Masp e a Vivo promete resolver o imbróglio envolvendo o a restauração do prédio anexo ao museu, localizado no número 1.510 da avenida Paulista, parada desde 2012.

    A telefônica e a instituição renegociaram uma dívida de dez anos que, atualmente, ultrapassava R$ 40 milhões e foi rebaixada para R$ 10 milhões, que deverão ser pagos à Vivo ao longo de 20 anos. O museu terá carência de um ano para acertar as contas.

    Como contrapartida, a empresa torna-se patrocinadora do Masp. A marca será exposta em placas, no site e no material impresso da instituição. Clientes da operadora também terão direito a um lote especial de ingressos.

    Diego Padgurschi/Folhapress
    SABO PAULO, SP, BRASIL - 19-09-2015: Obras no predio anexo ao Masp. (Diego Padgurschi/Folhapress - COTIDIANO) ***EXCLUSIVO***
    À esq., prédio anexo ao Masp, cujas obras devem ser retomadas após acordo com telefônica

    A dívida com a Vivo representava três quartos das pendências financeiras da instituição —as outras estão na casa dos R$ 12 milhões, segundo membros da nova diretoria, que assumiu o museu em setembro de 2014.

    O novo acordo também suspende o processo judicial que corria devido ao impasse com a operadora.

    Agora, a gestão espera ter liberdade financeira para procurar novos investimentos e conseguir finalizar a reforma do prédio vizinho, grande motivo da pendência financeira.

    Em 2006, a Vivo doou R$ 13 milhões ao museu para criar um anexo, no prédio vizinho ao Masp. A instituição deveria restaurar o prédio, cuja ocupação seria dividida entre a telefônica e o museu. No topo, seria construída uma torre com a logomarca da Vivo –vetada, em 2010, pelo patrimônio histórico.

    Para Heitor Martins, presidente do Masp, o acordo "resolve uma pendência histórica". "Era um passivo de um volume muito grande, que bloqueava qualquer decisão em relação ao prédio anexo", comenta.

    Miguel Chaia, diretor do museu, diz que foi um processo demorado e cuidadoso, ao longo dos últimos meses. "Chegamos a um bom termo."

    "O acordo representa que estamos começando a enfrentar esse problema e colocar o museu em pé. A Vivo era uma pendência muito importante para nós", diz Chaia. "Significa, agora, que vamos procurar novos investimentos para avançar na finalização do prédio. Agora, começa uma outra etapa."

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