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    Em 2º ano, protagonista de 'Psi' sai de seu consultório e busca casos nas ruas

    FERNANDA REIS
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    01/10/2015 02h23

    Carlo Antonini, protagonista de "Psi", vai gastar a sola do sapato na segunda temporada da série, que estreia neste domingo (4), no canal HBO. O psicanalista, que no fim do primeiro ano foi à Europa para renovar os ânimos, volta ao Brasil disposto a deixar o consultório e resolver seus casos na rua.

    Segundo seu intérprete, Emílio de Mello, Carlo está menos desiludido com a profissão e mais confiante em sua capacidade de ajudar as pessoas. "Antes ele tinha uma vontade muito grande de fazer isso, mas não acreditava muito nesse poder", afirma. "Ele está mais positivo."

    De resto, o personagem continua mais ou menos o mesmo, sempre interessado nos casos mais desafiadores e levemente entojado, nas palavras de Claudia Ohana, que vive sua colega Valentina.

    Divulgação
    Cena da segunda temporada da serie de TV Psi, escrita pelo psicanalista e colunista da Folha Contardo Calligaris. Divulgacao. ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
    Claudia Ohana e Emílio de Mello em "Psi"

    "Mas a estrutura do seriado tem mais ação. Brinco com o Emílio que ele é o Batman e eu sou o Robin, porque a gente sai tanto pra salvar as pessoas", diz Claudia, rindo, antes de fazer um adendo. "Salvar entre aspas, senão o Contardo me mata."

    Fora do consultório, Carlo se envolve com pessoas que não são suas pacientes. É o caso do episódio filmado numa escola particular em São Paulo, cuja gravação a Folha acompanhou em julho.

    Dirigido por Laís Bodanzky e acompanhado de perto por Contardo, o capítulo tem duas tramas paralelas, baseadas em casos europeus.

    "Uma é sobre um grupo de meninas que vendia boquete no banheiro em troca de recarga de celular. Carlo e Valentina são chamados pela diretora da escola para falar com os alunos e entender o que aconteceu", conta Contardo.

    Lá, descobrem que há ainda duas meninas –uma delas vivida por Laura Neiva– que se prostituem fora dos muros da escola. "É um episódio para passar depois das 22h", diz o autor.

    Para compor a história, os atores (maiores de idade) discutiram com a equipe, improvisando algumas falas. "Fiquei impressionado com as jovens atrizes", diz Contardo. "Foi surpreendente ver como a realidade que apresentamos é familiar para o elenco."

    Na temporada, não é só Carlo quem sai do consultório: as discussões também. Os temas apresentados, vindos de histórias reais, têm tudo a ver com a realidade brasileira, afirma Contardo.

    "O espectador vai aprender. Se você fala com um brasileiro médio, mesmo que da classe A, ele não sabe que no país a idade de consentimento para o sexo é 14 anos", diz, a respeito da discussão suscitada pelo episódio sobre o direito de prostituição. "Por outro lado, é engraçado: para casar tem que ter 16. Dos 14 aos 16 só pode transar", ri.

    NA TV
    Psi
    Estreia da segunda temporada
    QUANDO dom. (4), às 22h, na HBO

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