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    Moda

    Coleção Moda de A a Z relembra legado de John Galliano

    PEDRO DINIZ
    COLUNISTA DA FOLHA

    09/10/2015 02h44

    A belga Diane von Fürstenberg e o britânico John Galliano têm estilos completamente distintos. O que une a estética dos dois estilistas é o que se costumou chamar de "empoderamento da mulher".

    Ambos costuraram uma história que traduz o quanto a moda pode modelar o corpo feminino e traduzir personalidades. São essas características que estão evidenciadas no oitavo volume da Coleção Folha Moda de A a Z, nas bancas no domingo (11).

    Fürstenberg, sobrenome adotado por Diane após o casamento com o aristocrata alemão Egon von Fürstenberg, criou um vestido estampado com uma amarração na cintura, o "wrap dress" (vestido envelope).

    A peça, de jérsei algodão, fez sucesso entre as americanas nos anos 1970 –símbolo de feminilidade e da sofisticação daquelas que chegavam ao mercado de trabalho.

    Após uma derrocada nos anos 1980, devido a um divórcio midiático, ela voltou à cena em 1997 e se consagrou como a maior estilista do mercado dos EUA na atualidade.

    Reprodução
    Colecao Folha Moda de A a Z Vol.8 . Look feito pelo estilista John Galliano, inspirado no Egito, nos hieroglifos, nos anos 1920 e nos 1980. Jaqueta da colecao outono-inverno 1997-1998. Credito: Reproducao ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
    Look feito pelo estilista John Galliano para o outono-inverno 1997-1998

    A trajetória de John Galliano também é feita de altos e baixos. Seu maior feito foi remodelar o conceito de elegância francesa ao misturar referências do cinema, do teatro e do contexto social de diversas culturas em suas criações para a grife Christian Dior.

    Galliano assumiu em 1997 o posto de diretor criativo da maison, numa época em que sofria uma queda considerável nas vendas e na imagem engessada no tempo que apresentada em suas coleções.

    Ao incluir na Dior o show, o drama e as construções inusitadas –um vestido feito com matérias de jornal–, o estilista recolocou a grife entre as mais copiadas da moda.

    A saída conturbada de Galliano da Dior, em 2011, após o vazamento de um vídeo em que diz "odiar judeus", não apagou da mente das clientes e da indústria a imagem avassaladora de seus desfiles.

    Hoje, ele tenta reformular a Maison Martin Margiela, símbolo do minimalismo desconstruído e destaque da semana de moda de Paris.

    Completam o volume da coleção as criações do norte-americano Tom Ford e do brasileiro Ronaldo Fraga.

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