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    Crítica: 'Amor' nos deixa curiosos sobre passado de personagens

    INÁCIO ARAUJO
    CRÍTICO DA FOLHA

    13/10/2015 02h23

    "Amor" (2012, Arte1, 0h) é um filme enigmático. Ali estão dois idosos, Trintignant e Emmanuelle Riva (ou Georges e Anne) que vivem um para o outro, cuidam-se.

    É quase impossível deixar de indagar: desde quando as coisas são assim? Trata-se, é evidente, de dois solitários, mas por que seria assim? Os amigos já morreram ou nunca tiveram amigos?

    Existe algo de bem francês nesse casal: a autossuficiência, as ligações familiares sumárias etc. É certo que, por uma vez, Michael Haneke trabalha mais com as afinidades, com aquilo que aproxima as pessoas do que com o que as distancia.

    Mesmo assim, ele nos deixa curiosos sobre quem foram. Sabemos apenas quem são: pessoas que se aproximam do fim. Existe algo de mórbido em Haneke.

    Numa boa semana do cinema brasileiro, um policial de primeira linha: "O Assalto ao Trem Pagador" (1962, Canal Brasil, 19h).

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