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    Surdos processam estúdios por não legendarem músicas em seus filmes

    DE SÃO PAULO

    21/10/2015 16h05

    Os estúdios Disney, Fox, Paramount, Universal, Warner Bros. e a plataforma de streaming Netflix estão sendo processados por discriminação contra os surdos e deficientes auditivos, informou a revista americana "Billboard".

    Nove pessoas entraram com a ação na última segunda-feira (19), em Los Angeles. Segundo eles, os filmes e séries dessas empresas são falsamente anunciados como legendados na íntegra, apesar de não incluírem a letra das canções utilizadas.

    "Enquanto o diálogo de alguns filmes e séries são, de fato, inteiramente legendados, a prática de não fazer o mesmo com letras de música é muito difundida, para nossa frustração", diz o documento protocolado.

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    Cinema: o ator Marlon Brando, como don Corleone, em cena do filme "O Poderoso Chefão". (Foto: Divulgação) ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
    O ator Marlon Brando como Vito Corleone em cena do filme "O Poderoso Chefão"

    De acordo com ele, as empresas enganam os consumidores com propaganda falsa ao não indicarem a limitação das legendas. "Anunciar esses produtos como legendados expande o mercado consumidor, o que inclui pessoas surdas e deficientes auditivos. Elas constituem cerca de 10% da população. Os réus continuam a tratá-los injustamente."

    A ação movida cita "O Poderoso Chefão", "X-Men", "Capitão América: O Primeiro Vingador", "007 Contra Skyfall" e "House of Cards" entre os títulos não acessíveis aos deficientes auditivos, segundo o site "The Wrap".

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    Capitao America
    Chris Evans como o herói-título em "Capitão América: O Primeiro Vingador"

    O processo não especifica a compensação financeira pretendida, mas exige que os estúdios passem a especificar o conteúdo que recebe ou não as legendas.

    Em 2011, a Netflix também foi acusada de discriminação contra os deficientes auditivos por não disponibilizar a transcrição de parte de sua biblioteca. Movido pelo blogueiro e ativista Donald Cullen, o processo foi indeferido em 2012 e teve recurso negado em agosto deste ano.

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