O esporte, universo conhecido e já explorado pela Osklen, volta a inspirar Oskar Metsavaht neste inverno 2016. Mas não pense no óbvio: nesta coleção, os códigos do universo esportivo aparecem reinventados, redescobertos, reposicionados.

Tendo em vista a Olimpíada do Rio de 2016, o estilista volta ao começo da Osklen e do esporte em geral. O verão 2004 da marca, batizado de Golden Spirit, também estava entre as autorreferências imaginadas por Oskar.

Os uniformes dos anos 1920 foram fonte de inspiração para as roupas, além de esportes específicos como salto ornamental, boxe e natação.

A roupa de rua, outro dos códigos fundamentais da marca, aparece em moletons com maxigolas e gorros, calcas amplas com listras e zíper na lateral (ampliando a silhueta) e tênis de solado de borracha.

Oskar Metsavaht procura reinterpretar os elementos que o fizeram famoso, como o cadarço do sapatênis da Osklen, que decora e traz feminilidade aos vestidos mídi, como uma espécie de corpete. O veludo molhado, que aparece em quimonos inspirados em roupões, é a versão de luxo do moletom, segundo o estilista.

"As costas, pra mim, são muito mais sensuais do que o colo", disse o estilista à Folha. Por isso, a pele fica à mostra em vestidos de alcinhas finas e em bodies de tricô canelado. O bloco final do desfile é inteiro sobre as coroinhas de louro, que aparece em estampas em camisas de seda e bordadas em moletons.

Depois de abrir uma loja em Mykonos, Oskar visitou a Grécia algumas vezes e acabou bebendo dessa fonte também.