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    Guitarrista do Smack, banda cultuada do rock 80, Pamps morre aos 62 anos

    DE SÃO PAULO

    06/11/2015 14h46

    Morreu na noite desta quinta-feira (5), em Campinas (SP), Sergio Pamplona, o Pamps, ex-guitarrista do Smack, um dos mais emblemáticos grupos do rock paulistano dos anos 1980.

    Ele tinha 62 anos e estava internado no Hospital de Clínicas da Unicamp por complicações geradas pela cirrose, doença crônica do fígado.

    O grupo ganhou status de "cult" com um repertório influenciado pelo pós-punk, como lembra Edgard Scandurra, guitarrista do Ira! e que tocava no Smack ao lado de Pamps. A banda também era composta pela baixista Sandra Coutinho (ex-As Mercenárias) e pelo baterista Thomas Pappon.

    Reprodução/Facebook/spamplonajr
    Sergio Pamplona, o Pamps
    Sergio Pamplona, o Pamps

    "Ele buscava um som absolutamente não comercial. Não fazia nenhum tipo de concessão", afirma o músico sobre o amigo, que "era como um irmão".

    Com influências que iam de clássicos do pós-punk, como Gang of Four e Talking Heads, a nomes como Luiz Melodia e Jards Macalé, a banda lançou dois álbuns nos anos 1980: "Ao Vivo no Mosh", de 1985, e "Noite e Dia", de 1986. Em 2005, reuniu-se para uma série de apresentações, que acabaram dando origem a um terceiro disco, "3", lançado em 2008.

    "A vida da gente é dividida em antes e depois dos anos 80. Foi uma época muito forte, e o que tínhamos era a amizade e o prazer de se expressar por meio da música. Nenhuma banda pensava em fazer sucesso", lembra Sandra.

    Rui Mendes/Divulgação
    Sandra Coutinho, Nasi Valadão, Charles Gavin, Clemente, Giuseppe Frippi, Miguel Barella, Edgard Scandurra e Gaspa são integrantes das extintas bandas de rock dos anos 80 Mercenárias, Voluntários da Pátria e Smack
    Sandra Coutinho, Nasi Valadão, Charles Gavin, Clemente, Giuseppe Frippi, Miguel Barella, Edgard Scandurra e Gaspa são integrantes das extintas bandas de rock dos anos 80 Mercenárias, Voluntários da Pátria e Smack

    Antes do Smack, Pamps tocou baixo com artistas que fizeram parte da cena em torno do teatro Lira Paulistana: Eliete Negreiros e Itamar Assumpção. Depois, dedicou-se a projetos pontuais.

    Ele não deixa mulher nem filhos. "O que fica é a doçura dele, que será eternizada", diz Sandra. Para Taciana Barros, ex-integrante do grupo Gang 90 e que atualmente toca o projeto para crianças Pequeno Cidadão, "Pamps é um daqueles artistas que são fundamentais para sua própria geração e para os que vêm depois". "Independentemente do sucesso midiático que fizeram."

    O corpo de Pamps será cremado neste sábado (7), em Itapecerica da Serra (SP).

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