Em "Harry Potter e as Relíquias da Morte", último livro da série que mergulha no universo de magia e bruxaria, Harry está casado e tem três filhos: Tiago Sirius, Alvo Severo e Lily Luna. O nome do filho do meio é uma homenagem a dois diretores de Hogwarts (escola de bruxaria): Alvo Dumbledore e Severo Snape, que no começo da saga era arqui-inimigo do protagonista.

Na última sexta (27), questionada no Twitter por uma fã que estava curiosa com o tributo, J. K. Rowling postou: "Snape morreu por Harry por amor à Lily [mãe do jovem bruxo]. Harry fez uma homenagem a ele em sinal de perdão e gratidão".

A resposta gerou uma discussão na rede social entre os fãs da saga finalizada em 2007 e a autora.

	Dan Hallman/Invision/AP
	J. K. Rowling, a autora da série Harry Potter

"Eu preciso dizer isso: muitos de vocês têm reclamado de Snape há anos", Rowling escreveu. "Minha timeline explodiu de amor e ódio novamente. Isso nunca muda". Enquanto os fãs continuavam a questionar a decisão ela acrescentou "há uma tese inteira sobre o porquê de Harry ter dado o nome de Snape a seu filho, mas a decisão foi impulsionada por quem era Harry no pós-guerra".

Na sequência, ela falou sobre o personagem "demonizado" por fãs: "Snape é todo cinza. Você não pode fazer dele um santo: ele era vingativo e praticava bullying. Você não pode fazer dele um demônio: ele morreu para salvar o mundo bruxo". E ainda escreveu que "ao honrar Snape, Harry esperava em seu coração que ele também fosse perdoado. As mortes na batalha de Hogwarts o assombrariam para sempre".

Depois de uma curta pausa, Rowling voltou para o debate para explicar que Snape não morreu por ideais, mas em uma tentativa de se livrar de sua culpa.

Para explicar por que Harry gostaria de honrá-lo e justificando por que não preferiria lembrar de outros nomes como Hermione, a autora concluiu dizendo que "Harry escolheu a perpetuar os nomes dos dois que não tinham ninguém em suas famílias para fazer isso por eles".