A partir de 2016, o Prêmio Oceanos vai expandir seu escopo e se tornar uma espécie de Man Booker Prize da língua portuguesa.
O troféu literário passará a ter entre os concorrentes livros publicados em qualquer lugar do mundo, desde que escritos em português. O anúncio foi feito na noite desta terça (8), por Selma Caetano, curadora do Oceanos, durante a entrega do prêmio —concedido neste ano a Silviano Santiago.
"Está na hora de a literatura em português ultrapassar as fronteiras de seu próprios países", disse ela.
Para ter livros de outros países, a organização do prêmio reuniu um conselho de críticos literários.
Danilo Verpa/Folhapress |
Silviano Santiago em debate durante a Flip de 2014 |
No time, estão Antônio Carlos Secchin, Beatriz Resende, Flora Süssekind, Manuel da Costa Pinto, Leyla Perrone-Moisés, José Castello e Lourival Holanda.
A partir desta quarta (9) o conselho já se reúne para começar a viabilizar o prêmio ano que vem.
A curadora do Oceanos ainda não tem detalhes de como vai ser a estrutura do prêmio, mas a ideia é que editoras internacionais de língua portuguesa possam inscrever seus autores.
"Temos que achar um curador de literatura portuguesa e outro de língua africana", diz ela.
Selma diz que fez um levantamento dos inscritos no Portugal Telecom, agora batizado de Prêmio Oceanos, e descobriu que só 17% são de autores fora do Brasil.
"Publica-se poucos portugueses no país. Africanos nem se fala. Queremos aumentar isso", afirma.