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    Projeto mapeia e divulga músicos de rua da região central de São Paulo

    BEATRIZ MONTESANTI
    DE SÃO PAULO

    15/12/2015 17h27

    Afeito a calçadas, o sul-africano David Rosoton Jennings Barlett ganhou uma página na internet para divulgar sua música. Fã de Paula Fernandes, Bryan Adams e Bon Jovi, o músico de 63 anos pode ser visto tocando um country autoral debaixo de uma árvore sobrevivente na avenida Paulista.

    Como ele, outros 19 artistas de rua que se apresentam na região central da cidade compõem o projeto Aonde o Mura Mora (assim mesmo, com a licença poética), que divulga em um site e nas redes sociais os artistas que brigam por espaço sonoro em São Paulo.

    A proposta começou com um blog homônimo do técnico de som Maurício Zani, conhecido entre os amigos como Mura, que ao se mudar para a capital passou a registrar os músicos que encontrava a céu aberto.

    Marquinho da Viola e Ana Maria

    Com verba do ProAC (Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo), que financiou uma equipe de câmera e som, o blog tornou-se um site, no ar desde agosto deste ano. Nele, cada artista tem uma página com ficha técnica, fotos de divulgação, vídeo, informações de contato e do ponto da cidade em que pode ser encontrado.

    Além de Jennings Barlett, por exemplo, há o pernambucano acordeonista José Raimundo Rodrigues, 54, o grupo de rock gaúcho Nicolas Não tem Banda e a dupla mineira de violonistas Marquinho da Viola, 87, e Ana Maria, 76.

    Representantes de diversos gêneros musicais, de idades e origens diferentes, a maior parte deles se apresenta mesmo na Paulista.

    Rodrigo Erib/Divulgação
    David Rosoton Jennings Bartlett, músico de rua contemplado pelo projeto Aonde o Mura Mora ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
    David Rosoton Jennings Bartlett, músico de rua contemplado pelo projeto Aonde o Mura Mora

    "Tínhamos uma ideia romântica de que iríamos encontrar vário músicos perambulando pelo centro", conta Fabio Sallva, da produtora responsável pelo projeto.

    "Com o tempo percebemos que a Paulista virou o palco principal, por ter uma circulação maior e calçadas mais largas. É uma área concorrida", completa Rafael Jannarelli, sócio de Fabio.

    Segundo os produtores, há uma fila, por exemplo, para se apresentar em frente ao Conjunto Nacional.

    A proposta acaba de ganhar mais um edital e terá continuidade no ano que vem.

    "A ideia agora é expandir para outras áreas, como o ABC e outros lugares da Grande São Paulo", diz Sallva.

    Eiras Lima

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