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    Mudança na área portuária é tema de primeira mostra do Museu do Amanhã

    LUIZA FRANCO
    DO RIO

    15/12/2015 00h00

    O Museu do Amanhã completa o conjunto de iniciativas da prefeitura para fazer da praça Mauá a âncora da revitalização do porto do Rio, projeto vitrine da gestão de Eduardo Paes (PMDB).

    Em 2013, a praça ganhou o MAR (Museu de Arte do Rio). Naquele mesmo ano a prefeitura botou abaixo o elevado da Perimetral, o "Minhocão carioca", na mesma região.

    A primeira exposição temporária do novo museu será justamente uma videoinstalação sobre a implosão do elevado, criada em parceria pelo artista plástico Vik Muniz, o diretor Andrucha Waddington e a dupla Liana Brazil e Russ Rive, do estúdio Super-Uber, com produção da Conspiração Filmes.

    "A inauguração do Museu do Amanhã representa o reencontro do Rio com o centro da cidade", diz o prefeito.

    Ricardo Borges/Folhapress
    Rio de Janeiro, RJ,BRASIL, 18/11/2015; Fotos do Museu do amanha localizado na praca Maua na zona portuaria do Rio de Janeiro. (Foto: Ricardo Borges/Folhapress. ) *** EXCLUSIVO FOLHA***
    O Museu do Amanhã, na zona portuária do Rio

    Quando apresentou seu projeto para o prédio, em 2012, o arquiteto espanhol Santiago Calatrava também o inseriu no contexto da redescoberta do porto.

    A construção, iniciada em 2010, não foi fácil. A inauguração foi adiada quatro vezes e o orçamento da obra civil pulou de R$ 130 milhões para R$ 215 milhões após a elaboração do projeto executivo.

    Sua construção civil foi custeada pela venda de Cepacs (Certificados de Potencial Adicional de Construção), títulos que liberam a construção de edifícios com altura acima do permitido na região portuária.

    Mais R$ 35 milhões foram investidos na implementação do conteúdo do museu pelo Banco Santander, seu patrocinador.

    A obra também foi marcada pela morte do operário Stanley Lima, 35, eletrocutado em janeiro. Na ocasião, cerca de 400 operários da Concessionária Porto Novo exigiram melhores condições de trabalho.

    Além dos gastos com a construção, a prefeitura pagou R$ 46,8 milhões à Fundação Roberto Marinho, usados para contratar Calatrava, desenvolver conteúdo e museografia e fazer ações de mobilização comunitária, produção da expografia do museu e acessibilidade.

    Museu do Amanhã

    O Museu do Amanhã será administrado por uma OS (organização social), o Instituto de Desenvolvimento de Gestão (IDG) –que já cuida das Bibliotecas Parque, referência de espaço cultural da cidade.

    O orçamento anual será de R$ 18,5 milhões –R$ 15,5 milhões serão repassados pela prefeitura e R$ 3 milhões virão do Santander.

    O IDG poderá ainda captar até R$ 11 milhões em recursos via Lei Rouanet.

    MUSEU DO AMANHÃ
    ONDE Praça Mauá, nº 1, Centro, Rio de Janeiro
    VISITAÇÃO de terça a domingo, das 10h às 18h
    QUANTO R$ 10,00 (entrada gratuita às terças)
    MAIS INFORMAÇÕES site oficial: museudoamanha.org.br

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