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    Com faroeste, diretor Nicholas Ray vai mais longe em suas audácias

    INÁCIO ARAUJO
    DE CRÍTICO DA FOLHA

    16/12/2015 02h50

    Ao primeiro olhar, "Johnny Guitar" (1954, 14 anos, TC Cult, 13h45) convida à crítica ao momento de "caça às bruxas" que se vivia nos EUA, pois, de cara, enfatiza a fúria dos linchadores que pretendem liquidar Vienna (Joan Crawford), a proprietária de um saloon, sem nenhum motivo que não um sentimento de ódio.

    Aos poucos, notamos que o olhar do diretor Nicholas Ray vai mais longe em suas audácias. Primeiro, coloca no centro da trama a rivalidade entre duas mulheres (a outra é Mercedes McCambridge). Depois, introduz a questão de um projeto de ferrovia e da consequente valorização das terras.

    Temos aqui um faroeste em que os interiores ganham relevo em relação às paisagens e o tratamento das cores, do espaço e do som tem importância central.

    E há ainda, claro, Johnny Guitar, o solitário (como Vienna),o anti-herói favorito dos filmes de Ray.

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