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    Morre aos 88 anos Kurt Masur, importante maestro alemão

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    19/12/2015 14h10

    Hendrik Schmidt - 10.out.2014/Associated Press
    FILE - In this Oct. 10, 2014 file photo conductor Kurt Masur sits in a wheelchair as he is awarded the "Goldene Henne" media prize in Leipzig, eastern Germany. New York Philharmonic said Saturday, Dec. 19, 2015 music director emeritus Kurt Masur, from Germany, has died at 88. (Hendrik Schmidt/dpa via AP) ORG XMIT: FOS112
    O maestro alemão Kurt Masur

    O alemão Kurt Masur, um dos grandes regentes do mundo, morreu neste sábado (19), aos 88 anos, anunciou o presidente da Filarmônica de Nova York, Matthew VanBesien.

    "É com profunda tristeza que escrevo em nome da família Masur e da Filarmônica de Nova York para informar que Kurt Masur, que foi nosso diretor musical de 1991 a 2002 e mantém o título emérito, morreu em 19 de dezembro de 2015", informou VanBesien, em nota.

    O maestro revelou em 2012 que sofria de mal de Parkinson.

    Nascido na região de Silesia em 1927, ele dirigiu algumas das maiores orquestras do mundo, principalmente a Filarmônica de Nova York (1991-2002), a Orquestra Nacional de França (ONF), em Paris, e a Orquestra Filarmônica de Londres.

    Ele foi diretor musical da Filarmônica de 1991 a 2002, e é conhecido por ter revigorado o órgão, segundo a BBC.

    Antes disso, ele conduziu a orquestra Leipzig Gewandhaus, na Alemanha oriental, por 26 anos.

    Nas celebrações que marcaram a reunificação do país, em 3 de outubro de 1990, ele dirigiu a 9ª Sinfonia de Beethoven.

    Quando o regime oriental colapsou nos anos 1980, ele usou sua influência para prevenir uma repressão sangrenta aos manifestantes pró democracia. Muitos achavam que ele deveria se eleger, porém em vez disso, o maestro se mudou para os Estados Unidos.

    Masur também conduziu a filarmônica de Londres entre 2000 e 2007, depois tornou-se diretor honorário da Orquestra Nacional da França.

    Em abril de 2012, como diretor musical honorário da ONF, caiu acidentalmente do pódio de onde regia a orquestra no teatro Champs Elysées e teve o ombro fraturado.

    No mesmo ano, após cancelar diversos concertos, revelou que sofria de Parkinson.

    Era um apaixonado pelas composições de Bach, Mendelssohn, Brahms e Beethoven.

    O maestro já esteve alguma vezes no Brasil. Em 2000, ele regeu a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, quando ainda era titular da Filarmônica de Nova York.

    Masur deixa sua mulher, a soprano japonesa Tomoko, e cinco filhos.

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