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    Morto aos 93, compositor Gilberto Mendes fez livros, cinema e teatro

    DE SÃO PAULO

    02/01/2016 11h26

    Luiza Sigulem - 30.nov.2011/Folhapress
    O compositor Gilberto Mendes, criador do Festival Música Nova, posa para foto na Sala São Paulo
    O compositor Gilberto Mendes, criador do Festival Música Nova, posa para foto na Sala São Paulo

    O compositor Gilberto Mendes morreu na tarde desta sexta-feira (1º), em Santos (SP), aos 93 anos. A informação foi confirmada pela Santa Casa da cidade, que não detalhou a causa da morte.

    Mendes foi um dos expoentes da música concreta e de vanguarda no Brasil. Em 1963, o compositor foi um dos signatários do Manifesto Música Nova, publicado pela revista de arte "Invenção".

    No documento, os músicos prometiam "compromisso total com o mundo contemporâneo", "reavaliação dos meios de informação" e "geometria não-euclidiana" (confira aqui o texto).

    Esse espírito subversivo se refletia em seus próprios trabalhos, como "O Anjo Esquerdo da História" (veja abaixo) ou "Vila Socó, Meu amor" (sobre uma favela incendiada).

    Na USP, Mendes se aposentou como professor de composição, na faculdade de música. Depois de sua aposentadoria, continuou compondo e colaborando com a Osesp, em São Paulo.

    Ele também fez incursões pela literatura. Em 2009, foi finalista do prêmio Jabuti com "Viver Sua Música: com Stravinsky em Meus Ouvidos, Rumo à Avenida Nevskiy" (Edusp); em 2013, lançou seu primeiro livro ficcional, "Danielle em Surdina, Langsam" (Ed. Algol).

    No teatro, Mendes participou do movimento de música experimental na década de 1960.

    Gilberto Mendes, O Anjo Esquerdo da História

    "O Anjo Esquerdo da História", composição de Gilberto Mendes interpretada pelo coro da Osesp

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