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    Em ano de crise, SP-Arte encolhe 14% e perde nomes poderosos do elenco

    SILAS MARTÍ
    DE SÃO PAULO

    27/01/2016 12h55

    Marcada para abril, a 12ª edição da feira SP-Arte já sente os efeitos da crise econômica, encolhendo 14% em relação ao ano passado —em vez das 140 galerias de 2015, o evento este ano deve levar 120 casas do Brasil e do mundo ao pavilhão da Bienal, no parque Ibirapuera.

    Entre as que desistiram de participar da feira paulistana estão as nova-iorquinas Marian Goodman, uma das maiores galerias de arte contemporânea do mundo, e a Van de Weghe, nome de peso no chamado mercado secundário, que trabalha com obras de grandes mestres. No cenário nacional, uma baixa de peso é a saída da galeria A Gentil Carioca, uma das maiores e mais influentes casas do Rio.

    Um núcleo de gigantes, no entanto, resiste. As norte-americanas Gagosian e David Zwirner, além da britânica White Cube, estarão de volta à feira. No caso desta última, será seu retorno à SP-Arte como galeria estrangeira, já que a White Cube fechou sua filial paulistana no ano passado, mas parece ter construído aqui uma sólida clientela.

    De acordo com a organização da SP-Arte, 15% das galerias nesta edição fazem sua estreia na feira, entre elas as paulistanas Frente, BFA (Boatos Fine Arts), Warm e Sé, a carioca MUV Gallery e a gaúcha Mamute.

    Simon Plestenjak - 6.mai.2012/Folhapress
    SÃO PAULO, SP, BRASIL, 06-05-2012: A montagem da feira SP-Arte, que começa na quarta no pavilhão da Bienal, no Ibirapuera.(Foto: Simon Plestenjak/Folhapress, ILUSTRADA)
    Montagem da feira SP-Arte, em 2012, no pavilhão da Bienal, no Ibirapuera

    Também será possível ver na feira obras de alguns artistas que estarão na Bienal de São Paulo, marcada para setembro deste ano. A galeria colombiana Casas Riegner, uma das maiores de Bogotá, terá trabalhos de José Antonio Suárez Londoño, enquanto a americana David Zwirner costuma trazer peças do belga Francis Alÿs, este ano também escalado para a Bienal.

    Outros artistas já confirmados na mostra organizada pelo alemão Jochen Volz também são representados por galerias que estarão na feira —Cristiano Lenhardt e Erika Verzutti estão na Fortes Vilaça, o espólio de Gilvan Samico é representado pela Estação, José Bento está na Celma Albuquerque e na Almeida e Dale, Lais Myrrha está na Jaqueline Martins, Mariana Castillo Deball está na Mendes Wood DM, Vivian Caccuri está na Leme e o dinamarquês Henrik Olesen integra o elenco da italiana Franco Noero.

    Alvo de polêmica no ano passado por ter pedido R$ 5,8 milhões em recursos incentivados para financiar a feira, a SP-Arte este ano voltou a recorrer à Lei Rouanet, mas pediu R$ 4,9 milhões, dos quais já conseguiu captar R$ 1 milhão —a feira costuma gerar até R$ 250 milhões em negócios.

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