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    Novo diretor artístico do Inhotim pode ser nome que já trabalha no instituto

    SILAS MARTÍ
    DE SÃO PAULO

    03/02/2016 02h10

    Um dos maiores museus do mundo, o Instituto Inhotim virou o centro das especulações no meio da arte com o anúncio da saída de Rodrigo Moura de sua diretoria artística, antecipada há dois dias pela Folha.

    Moura estava no cargo desde dezembro de 2013, quando substituiu a norte-americana Eungie Joo. Vinda do New Museum, em Nova York, ela ficou pouco mais de um ano à frente da área artística do museu do empresário Bernardo Paz em Brumadinho, nos arredores de Belo Horizonte.

    De acordo com Antônio Grassi, diretor executivo do museu, nada impede que o próximo diretor artístico da instituição, que será definido depois do Carnaval, seja um dos curadores que já trabalham no local –no caso, o alemão Jochen Volz e o americano Allan Schwartzman.

    Gabo Morales/Folhapress
    SAO PAULO, SP, BRASIL, 18-12-2012: O curador Rodrigo Moura durante lancamento do livro Planos de Fuga - Um Livro em Obras, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em 18 de Dezembro de 2012. (Foto: Gabo Morales/Folhapress, MONICA BERGAMO) *** EXCLUSIVO FOLHA ***
    O curador Rodrigo Moura, que está deixando a direção do Instituto Inhotim

    Mas o fato de Volz estar à frente da próxima Bienal de São Paulo torna improvável sua escolha. Na linha sucessória, estaria Schwartzman, mas o nome de quem será escolhido para chefiar este que é um dos maiores acervos privados de arte do mundo ainda é incerto e pode ser até mesmo alguém não ligado às artes visuais, já que o museu vem ampliando seu foco para as áreas de música e teatro.

    De acordo com pessoas próximas ao Inhotim, aliás, a saída de Moura pode estar relacionada a uma guinada da instituição para o popular.

    No museu há 12 anos, Moura foi um dos nomes fortes na formação da coleção que deu origem ao Inhotim. Procurado, ele não comenta sua saída. Grassi afirma que a relação com ele é "ótima" e que sua demissão foi decidida de comum acordo. Ele também poderá permanecer como curador.

    Ainda segundo Grassi, projetos que vinham sendo tocados por Moura, como um pavilhão do artista dinamarquês Olafur Eliasson, devem continuar na pauta. Diretor do Masp, Adriano Pedrosa disse ser "compreensível" a saída de Moura e sua vontade de buscar "novos caminhos".

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