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    Ex-diretor do Municipal, José Herencia tem bens bloqueados pela Justiça

    GUSTAVO FIORATTI
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    16/02/2016 02h17

    Investigado por suspeita de desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro, o ex-diretor geral da Fundação Theatro Municipal de São Paulo, José Luiz Herencia, teve bens de seu patrimônio bloqueados pela Justiça no mês passado. A decisão judicial, à qual a Folha teve acesso, foi emitida no dia 15 de janeiro.

    Entre os itens listados estão três terrenos em Ilhabela e dois imóveis na capital paulista, além de quatro automóveis. Com o bloqueio, o investigado apenas deixa de poder vender os bens, mas pode utilizá-los.

    Nem todos as posses estão em nome de Herencia. Os terrenos no litoral pertencem a sua mãe, Silvia Flávia Herencia de Castro, e um dos apartamentos, localizado na rua Minas Gerais, a Gabriela Martins Moraes, citada pelo documento como ex-namorada de Herencia. A decisão judicial bloqueou contas bancárias dos três investigados e de empresas relacionadas a eles.

    Bruno Poletti/Folhapress
    SÃO PAULO, SP, 19.06.2015: VIRADA-CULTURAL - O diretor do Theatro Municipal, José Luiz Herencia, no coquetel da Virada Cultural 2015, no Theatro Municipal em São Paulo, nesta sexta-feira (19). (Foto: Bruno Poletti/Folhapress)
    O ex-diretor do Theatro Municipal, José Luiz Herencia, no coquetel da Virada Cultural 2015, em SP

    O documento cita uma movimentação financeira de Herencia totalizando o valor de R$ 2,7 milhões entre janeiro e junho de 2014, além de outros valores milionários movimentados por uma conta em nome de sua mãe.

    À Folha, Herencia diz que não criará "obstáculos para que o Ministério Público realize seu trabalho e apure qualquer denúncia relativa ao Theatro Municipal de São Paulo". "No curso do inquérito tudo será esclarecido", diz.

    O investigado pediu exoneração de seu cargo em novembro do ano passado e, em dezembro, foi alvo de mandados de busca e apreensão do Gedec (Grupo Especial de Delitos Econômicos do Ministério Público).

    A operação visava documentação guardada por Herencia em sua residência e em outros imóveis usados por ele.

    A investigação não se restringe ao período em que ele trabalhou no Municipal e cobre até os anos em que exerceu o cargo de secretário de políticas culturais no Ministério da Cultura (2009-2010).

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