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    análise

    Grammy tem festa de Taylor Swift, brilho de Gaga e erros de Adele

    THALES DE MENEZES
    DE SÃO PAULO

    17/02/2016 02h30

    A premiação da 58ª edição do Grammy foi estratégica. A distribuição do troféu foi um tanto pulverizada, contemplando praticamente todos os indicados que ser apresentaram na festa na última segunda (15). E destacou Taylor Swift, justamente quem abriu a cerimônia em Los Angeles.

    Quando subiu ao palco do Staples Center para cantar "Out of the Woods", ela já havia conquistado dois prêmios na parte não televisionada da festa: melhor álbum pop, "1989", e melhor vídeo, "Bad Blood", com participação
    do rapper Kendrick Lamar.

    Taylor voltaria ao palco mais de três horas depois para receber o prêmio considerado o mais importante no Grammy, o de álbum do ano, coroando o ciclo de "1989", que ultrapassou a marca de 6 milhões de CDs vendidos. Com os três gramofones dourados deste ano, ela aumenta sua coleção para dez.

    Mark Ronson e Bruno Mars levaram dois merecidos, incluindo a prestigiada categoria Gravação do Ano, por "Uptown Funk", espetacular faixa dançante como há tempos não se escutava.

    Ed Sheeran também ganhou dois pela fraquinha "Thinking Out Loud", escolha absurda para melhor canção do ano. As cinco milhões de cópias vendidas do álbum "X" justificam o feito.

    Vendagem segue como critério no Grammy. Alabama Shakes e Kendrick Lamar dominaram os prêmios de rock e rap, respectivamente, depois de álbuns que venderam mais de um milhão de cópias.

    O retrô Alabama Shakes ganhou três. Além do prêmio com Taylor Swift, Lamar levou mais quatro, incluindo álbum e canção de rap. E fez um dos grandes shows da noite, cantando em cenário que simulava uma penitenciária.

    A decepção ficou com o canadense The Weeknd, que não mostrou nada de seu virtuosismo vocal em apresentação fria, protocolar. Com sete indicações, foi para casa com dois prêmios de R&B.

    Sem concorrer neste ano, a inglesa Adele também derrapou. Cantou "All I Ask" e gritou muito. No Twitter, disse que um problema nos microfones do piano a fizeram cantar fora do tom e não alcançou as notas. "Merdas acontecem", sentenciou.

    Nada de ruim aconteceu com Lady Gaga no aguardado tributo a David Bowie. Com trocas de roupa para marcar várias fases visuais do cantor e com sua voz grave caindo bem no repertório do homenageado, Gaga emendou nove clássicos de Bowie. Foi uma apresentação de muito bom gosto, classuda.

    Em comparação, as outras homenagens da noite a astros mortos foram convencionais. Chris Stapleton, Gary Clark Jr. e Bonnie Raitt uniram suas guitarras por B.B. King.

    Stevie Wonder cantou com o grupo Pentatonix para lembrar Maurice White, do Earth, Wind & Fire. Ao lado do veterano Jackson Browne, o Eagles homenageou seu integrante Glenn Frey. E o Hollywood Vampires de Johnny Depp, e Alice Cooper, fez barulho por Lemmy, do Motörhead.

    A pianista brasileira Eliane Elias, radicada há décadas nos Estados Unidos, ganhou melhor álbum de jazz latino, com "Made in Brazil". Gilberto Gil perdeu na categoria álbum de world music para a africana Angelique Kidjo.

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