Trecho de 'O Sol É para Todos'
Gregory Peck em cena de 'O Sol É para Todos'
DE SÃO PAULO
Trecho de 'O Sol É para Todos'
Gregory Peck em cena de 'O Sol É para Todos'
O longa "O Sol É para Todos", versão cinematográfica do romance homônimo de Harper Lee, que morreu nesta sexta (19), acumula números impressionantes.
Lançado no fim de 1962, o longa dirigido por Robert Mulligan foi indicado a oito estatuetas no Oscar de 1963. Arrebatou três: melhor roteiro adaptado, melhor direção de arte e melhor ator protagonista (Gregory Peck).
Peck também ganhou um Globo de Ouro naquele ano (melhor ator de drama) e "O Sol É para Todos" recebeu outros dois: melhor trilha e melhor filme que promove a compreensão internacional.
No total, o longa recebeu foi indicado a 16 prêmios, dos quais conquistou dez.
Tais honrarias ilustram um feito raro: a adaptação cinematográfica agradou tanto os espectadores do filme quando os leitores da obra de Harper Lee. Os críticos também aprovaram-na: de acordo com o site "Rotten Tomatoes", a produção recebeu 92% de críticas positivas.
Inácio Araujo, crítico da Folha, em texto publicado em 2013, lembrou que alguns aspectos foram fundamentais para que "O Sol É para Todos" pudesse dar certo: boa história, direção sensível e ótima interpretação.
"Essas virtudes evitam que a história do advogado branco que assume a defesa de um jovem negro acusado de estuprar uma branca perca-se em puro conteudismo. O título tem um quê irônico: o sol não é para todos no Alabama nos anos 1930", escreveu.
Outros números mostram o poder do filme. Atticus Finch foi eleito pelo American Film Institute o maior herói do cinema mundial, enquanto "O Sol É para Todos" ficou na 25ª posição entre os cem melhores filmes de todos os tempos.
Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br
Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br