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    Engajamento de Lena Dunham vai de luta feminista a apoio a Hillary Clinton

    LIGIA MESQUITA
    DA ENVIADA ESPECIAL A LOS ANGELES

    21/02/2016 02h21

    Associated Press
    This image released by HBO shows Lena Dunham in a scene from the HBO original series, "Girls." HBO says it will pull the plug on its hit comedy "Girls" after a sixth and final season next year. The series about a group of young women in their 20s made creator and actress Lena Dunham a star, and was also a feather in the cap of veteran comic producer Judd Apatow. The fifth season of "Girls" is set to launch on the pay cable network on Feb. 21. (HBO via AP) ORG XMIT: NYET315
    Lena Dunham, protagonista de 'Girls', série do canal pago HBO que estreia sua 5ª temporada

    Se, em 2015, a despudorada autobiografia da criadora de "Girls" e as cenas de nudez (com o corpo cheinho, fora dos padrões) na trama dominaram o lançamento da quarta temporada da série, desta vez o assunto predominante foi seu engajamento no movimento feminista e na política.

    Em setembro, Lena Dunham lançou com Jenni Konner, produtora-executiva de "Girls", a "Lenny Letter", revista eletrônica feminista com textos enviados por e-mail. A primeira edição trouxe uma entrevista de Lena com a pré-candidata democrata à Presidência dos EUA, Hillary Clinton, cuja candidatura a artista apoia.

    Em 2017, quando "Girls" chegará ao fim, a roteirista, atriz e diretora fará uma série cômica sobre a segunda onda feminista nos anos 60, também para a HBO. Leia trechos da entrevista da qual a Folha participou.

    Fim de 'Girls' em 2017

    Desde a 3ª temporada começamos a pensar nisso. É muito importante que seja honesto. Os personagens são resilientes, criarão seus finais felizes. Não necessariamente tem que ter romance. O romance não vai ser o fator decisivo da vida deles, para mostrar que a felicidade pode vir além disso.

    Feminismo

    Um monte de mulheres jovens foram ensinadas que feminismo significa que você não gosta de homem ou que você é lésbica, ou que não quer estar num lugar de trabalho com figuras masculinas. Tudo isso, óbvio, não é verdade. Uma das melhores coisas que podemos fazer é falar sobre o que realmente o feminismo precisa. É um movimento como qualquer outro de direitos iguais, não sobre educar mulheres acima dos homens.

    Críticas à biografia com sexo

    A maior surpresa foi ver o quão puritano os EUA podem ser. Cresci em NY, num mundo em que amigos dos meus pais eram gays, tinham relação interessante com gêneros, falavam de e faziam arte sobre sexo. E ver que muitos americanos veem sexualidade como algo complicado foi marcante. Quando lancei o livro na Europa, ninguém se escandalizou com nada. As críticas aqui me fizeram lembrar que o lugar onde fui criada é diferente da maioria deste país.

    Artistas engajados e Hillary

    Não acho que tenha que ser obrigação um artista se posicionar politicamente. Mas, se você tem um forte desejo de mudar o mundo e de direção para onde seu país deveria ir, e você é sortudo de ter uma audiência, faz sentido usá-la. Não estou tentando forçar ninguém a votar, mas o cenário político é confuso e pude conhecer Hillary Clinton e aprender sobre a agenda dela. E posso compartilhar isso. Não me imagino num mundo em que Donald Trump seja presidente, mas repito: não sou a maioria dos americanos.

    A jornalista LIGIA MESQUITA viajou a convite da HBO

    NA TV
    Girls
    Estreia da 5ª temporada
    QUANDO dom. (21), à meia-noite, na HBO

    Edição impressa

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