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    Revigorados, Rolling Stones trazem a São Paulo o melhor de seu repertório

    THALES DE MENEZES
    DE SÃO PAULO

    24/02/2016 02h00

    Ricardo Borges/Folhapress
    Rio de Janeiro, RJ, BRASIL. 13 /02/ 2016; A banda Inglesa, Rolling Stones, faz o primeiro show do Brasil da turne "ole" no estadio do Maracana. (Foto: Ricardo Borges/Folhapress) *** EXCLUSIVO FOLHA ***
    Mick Jagger durante primeiro show no Brasil da turnê Olé, no Maracanã

    Os Rolling Stones fazem na noite desta quarta (24), no Morumbi, o primeiro dos dois shows da banda inglesa em São Paulo, depois de iniciar sua nova visita ao país pelo Rio, no último sábado (20).

    Para quem já assistiu aos Stones em alguma de suas três passagens anteriores pelo Brasil, em 1995, 1998 e 2006, com seus integrantes muito mais jovens, será que vale a pena ver os novos shows?

    Sim, vale muito, e por dois motivos. Primeiro, porque entrar na faixa dos 70 parece não ter afetado em nada Mick Jagger e Keith Richards, 72, e Charlie Watts, 74 —Ronnie Wood está quase lá, aos 68.

    No palco, o vigor permanece. Principalmente em Jagger, que corre por duas horas sem parar de cantar em um palco muito grande, de quase 50 metros de uma ponta a outra.

    O segundo motivo, e o mais importante, é o repertório. Nunca a banda mostrou aos brasileiros tantos clássicos.

    Em 1995, os Stones se apresentaram em São Paulo e no Rio na turnê que promovia o álbum "Voodoo Lounge", lançado no ano anterior. Entre as 23 músicas de cada noite, chegavam a tocar cinco extraídas do disco mais recente.

    Três anos depois, novamente nas duas cidades, repetiram a dose com cinco de "Bridges to Babylon", o disco que motivou aquela turnê, mas não deixou saudades.

    No show para 1 milhão de pessoas, na Praia de Copacabana, em 2006, um quinto do show mostrou faixas do então recém-lançado "A Bigger Bang", um álbum do qual até um fã de carteirinha da banda tem dificuldade para se lembrar das músicas.

    Os Stones desta Olé Tour 2016 não têm música nova para divulgar. Então Jagger e Richards se debruçaram sobre sua carreira e criaram o melhor repertório que já trouxeram para shows no Brasil.

    Nas habituais 19 canções dessa turnê latina, que já passou por Chile, Argentina e Uruguai, 14 delas são fixas.

    Na primeira parte, os shows têm "Start Me Up", "It's Only Rock'n'Roll (But I Like It)", "Tumbling Dice", "Out of Control", "Paint It Black" e "Honky Tonk Women".

    As oito últimas do setlist não poderiam ser mais matadoras: "Midnight Rambler", "Miss You", "Gimme Shelter", "Brown Sugar", "Sympathy for the Devil", "Jumping Jack Flash", "(I Can't Get No) Satisfaction" e"You Can't Always Get what You Want".

    Esta, no bis, conta com um coro local. No Rio, foi o Coral da PUC. Em São Paulo, será o Coral Sampa, das regentes Thelma Chan e Maru Ohtani, com 24 cantores jovens.

    Keith Richards sempre canta duas músicas. Tem escolhido a cada noite duas entre "Happy", "Before They Make Run", "You Got the Silver", "Slipping Away" e "Can't Be Seen".

    Uma canção será escolhida por votação no site da banda (www.rollingstones.com), entre quatro opções: "All Down the Line", "Bitch", "Rocks Off" e "Shattered". No Rio, a eleita foi "Like a Rolling Stone", regravação deles do clássico de Bob Dylan, de 1963.

    Sobram então mais duas músicas que são variadas a cada noite. Nos últimos shows, algumas foram "Angie", "Wild Horses" e "Let's Spend the Night Together". Definitivamente, só clássicos.

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