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    Prefeitura determina intervenção em gestão do Theatro Municipal em SP

    THAIS ARBEX
    DE SÃO PAULO

    26/02/2016 08h25

    Em meio à investigação de um rombo que pode chegar a R$ 20 milhões nas contas do Theatro Municipal de São Paulo, o prefeito Fernando Haddad (PT) determinou nesta sexta-feira (26) intervenção na gestão do Municipal, comandada pela organização social IBGC (Instituto Brasileiro de Gestão Cultural).

    A OS respondia ao ex-diretor-geral da Fundação Theatro Municipal, José Luiz Herencia, alvo de investigação conjunta da Controladoria-Geral do Município e do Ministério Público Estadual por suspeita de corrupção e enriquecimento ilícito durante sua gestão.

    Por meio de decreto, o prefeito Fernando Haddad determina intervenção nos prédios, serviços e bens móveis e imóveis que pertencem ao IBGC ou que foram cedidos à OS pela prefeitura.

    Bruno Poletti/Folhapress
    O ex-diretor do Theatro Municipal, José Luis Herencia, no coquetel da Virada Cultural 2015, em SP
    O ex-diretor do Theatro Municipal José Luiz Herencia, no coquetel da Virada Cultural 2015, em SP

    A intervenção que será comandada por Paulo Dallari, atual diretor-geral do Municipal, pode durar até 90 dias e, se necessário, será prorrogada.

    De acordo com o decreto de Haddad, a intervenção tem como objetivo "apoiar a atuação da Controladoria-Geral e do Ministério Público na apuração das responsabilidades e eventuais ilícitos" na gestão do teatro e "auxiliar os trabalhos de auditoria para a regularização das contas", para garantir que a programação do Municipal para 2016.

    A Fundação Theatro Municipal de São Paulo assinou contrato de quatro anos com o IBGC em julho de 2013. À época, segundo Herencia, foi a única OS a atender à convocação pública de entidades interessadas em gerir o teatro.

    José Luiz Herencia teve seus bloqueados pela Justiça em 15 de janeiro. A decisão judicial cita uma movimentação financeira do ex-diretor-geral do Municipal totalizando o valor de R$ 2,7 milhões entre janeiro e junho de 2014, além de outros valores milionários movimentados por uma conta em nome de sua mãe.

    Também estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão na sede do IBGC, na casa de William Nacked, diretor-executivo do Instituto Brasileiro de Gestão Cultural, e na sede do Instituto Brasil Leitor, entidade que ele preside.

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