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    Fãs do Brasil são os mais barulhentos, diz guitarrista do Imagine Dragons

    THALES DE MENEZES
    DE SÃO PAULO

    29/02/2016 17h05

    Formada em 2008 em Las Vegas, Imagine Dragons é uma das bandas recentes com mais sucesso no Brasil. Já passaram duas vezes no país, em 2014 e 2015. E há mais uma chance de vê-la atuando no palco, mas desta vez na tela do cinema.

    O circuito Cinemark exibe no dia 2 deste mês o show que a banda apresentou no Air Canda Center, em Toronto, no dia 4 de julho de 2015. A programação inclui salas em São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Niterói e Porto Alegre.

    Formado por Dan Reynolds (vocal), Wayne Sermon (guitarra), Ben McKee (baixo) e Daniel Palzman (bateria), o Imagine Dragons chegou ao primeiro lugar da parada americana "Billboard" com seus dois álbuns, "Night Visions" (2012) e "Smoke + Mirrors" (2014).

    Em entrevista à Folha, Sermon contou que a vida deles mudou tanto com a explosão do disco de estreia, "Night Visions" (2012), e que as letras nervosas do segundo álbum, "Smoke + Mirrors" (2015), são como um documento da loucura no dia a dia do quarteto.

    O álbum teve três singles populares: "Shots", "I Bet My Life" e "Gold", que estão entre os destaques da apresentação em Toronto.

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    "Shots", a primeira do show, é uma das mais fortes do repertório. Rock para levantar estádios. Para Sermon, começar com impacto é uma forma de respeitar o público.

    "As pessoas na plateia não apenas separaram um dinheiro para os ingressos, mas também mudaram sua rotina para ir ao show, talvez pagaram uma babá, enfrentaram o trânsito, esperaram um tempão. É muito investimento na banda, precisamos recompensar essas pessoas."

    Um momento de boa interação com o público é o cover de "Forever Young", hit da banda alemã Alphaville que toca nas rádios desde os anos 1980.

    "Já virou uma canção atemporal. Todos na banda gostam, mas não lembro a razão de termos escolhido tocá-la. Um dia Dan apareceu cantando e entrou naturalmente no nosso trabalho."

    A banda gostou da reação do público em Toronto, "uma cidade que sempre foi muito boa para nós, por isso decidimos gravar o DVD lá".

    Outra escolha fácil foi escalar "The Fall" para encerrar o bis. "Nos colocamos no lugar do público e 'The Fall' parece ter o peso certo. Quando estávamos escrevendo essa música, já sabíamos que era boa para fechar as noites."

    Sermon diz que se lembra bem da reação do público brasileiro nas passagens da banda no país, em 2014 e 2015. "Foi um dos nossos momentos mais intensos no palco. Os brasileiros são os fãs mais barulhentos e apaixonados que já encontramos. O show do Lollapalooza de São Paulo foi completamente insano."

    Assistir às exibições no cinema é a última chance de ver o Imagine Dragons ao vivo por um bom tempo. O grupo fez numa turnê na Europa o encerramento oficial da divulgação de "Smoke + Mirrors".

    "Durou tanto que a gente estava perto de um esgotamento. Precisamos parar e reaprender a amar o que fazemos, como foi desde o início", diz Sermon.

    Os caminhos para um novo álbum ainda não estão definidos, embora ele revele que a banda anda escrevendo novas canções. A previsão para iniciar a gravação deve ser ainda neste ano.

    IMAGINE DRAGONS
    "smoke + Mirrors"
    QUANDO quarta (2), às 21h
    ONDE salas do circuito Cinemark
    QUANTO R$ 40 (meia-entrada, R$ 20), com venda antecipada no site www.cinemark.com.br

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