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    crítica

    Novo episódio de 'Divergente' é empreitada só para iniciados

    THALES DE MENEZES
    DE SÃO PAULO

    10/03/2016 02h39

    Jovens lutando contra um governo tirano, liderados por uma heroína loirinha. Não, não é "Jogos Vorazes". É "Divergente", também uma trilogia de literatura juvenil sci-fi que chega agora ao terceiro filme, com acertos e erros cada vez mais acentuados.

    Como em "Jogos Vorazes", o último livro foi dividido em dois filmes. Faturar é preciso. A diferença maior está mesmo na mocinha.

    Enquanto Jennifer Lawrence tem aquela presença forte na tela, bonitona e voluptuosa, a atriz principal de "Divergente" tem uma beleza "comum". Shailene Woodley parece aquela colega que todo mundo teve no colégio, o que a transformou em uma das favoritas dos teens americanos.

    Ela interpreta Tris, que mora numa Chicago semidestruída, cercada por um muro intransponível e dividida em castas que, após um tempo de convivência pacífica, começam a se enfrentar.

    Os dois primeiros filmes da franquia foram dedicados a mostrar como ela se apaixona pelo galante Quatro (Theo James) e se relaciona com o irmão covarde, Caleb (Ansel Egort), e o amigo traiçoeiro Peter, papel de Miles Teller, a revelação de "Whiplash" e não por acaso o melhor desempenho da série.

    Divulgação
    Cena de 'A Série Divergente: Convergente
    Cena de 'A Série Divergente: Convergente'

    A prática habitual é auxiliar o elenco jovem com gente tarimbada. Nos primeiros filmes apareceram Ashley Judd e Kate Winslet. Neste, é Naomi Watts, quase irreconhecível de cabelos longos e escuros como Evelyn, mãe de Quatro e líder de uma das castas.

    Os quatro jovens conseguem ultrapassar o muro para descobrir que essa Chicago do futuro é na verdade uma experiência comandada por David, personagem caricato em sua mesquinhez, que o veterano Jeff Daniels não se esforça para melhorar.

    A trama trilha dois caminhos: Tris se defrontando com os segredos do experimento e Quatro tentando impedir que a guerra devaste Chicago.

    Como filme de ação, funciona muito bem.

    O problema é ser incompreensível para quem não viu os dois primeiros.

    Mas "Divergente" (2014) e "Insurgente" (2015) tiveram tanto público que a bilheteria deste está garantida. E também da conclusão da saga, "Ascendente", prometida para 2017. Definitivamente, filmes apenas para iniciados.

    A SÉRIE DIVERGENTE: CONVERGENTE
    (The Divergent Series: Allegiant)
    DIREÇÃO: Robert Schwentke
    ELENCO: Shailene Woodley, Theo James, Mile Teller, Naomi Watts
    PRODUÇÃO: EUA, 2016, 12 anos
    QUANDO: estreia nesta quinta

    Edição impressa

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