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    Batalha pela custódia de busto de Pablo Picasso se intensifica

    DOREEN CARVAJAL
    DO "THE NEW YORK TIMES"

    14/03/2016 12h00

    Andrew Burton/Getty Images/AFP
    NEW YORK, NY - SEPTEMBER 10: A sculpture made by Pablo Picasso is displayed at the Museum of Modern Art's (MoMA) "Picasso Sculpture" exhibit on September 10, 2015 in New York City. The exhibit includes 141 sculptures made by the artist and will run until February 7, 2016. Andrew Burton/Getty Images/AFP == FOR NEWSPAPERS, INTERNET, TELCOS & TELEVISION USE ONLY ==
    Busto feito por Pablo Picasso, exibido na exposição "Picasso Sculpture", no MoMA

    A batalha por uma rara escultura de Picasso, noticiada pelo "The New York Times" em janeiro, se intensificou com as novas queixas legais de que a filha do artista teria cancelado a primeira venda do trabalho por cerca de US$ 42 milhões para a família real do Qatar e fez, em segredo, um novo negócio por US$ 106 milhões transferindo a propriedade para outro comprador.

    O trabalho, um busto de 1931 de Marie-Thérèse Walter, musa e amante de Picasso, é objeto de ações legais em três países, incluindo França e Suíça. A disputa coloca a empresa que representa a família real do Qatar contra o negociante de arte de Nova York Larry Gagosian, sobre a propriedade do trabalho, que foi vendido duas vezes pela filha de Picasso, Maya Widmaier-Picasso, 80.

    Em uma ação judicial proposta na sexta-feira (11) à noite no tribunal federal de Manhattan, a empresa que representa a família do Qatar, a Pelham Holdings, delineou a cronologia da segunda venda de US$ 106 milhões para Gagosian, em maio de 2015, um mês depois de a primeira venda ter sido abruptamente cancelada.

    Segundo a denúncia da Pelham, a família de Picasso estava com tanta pressa para realizar a segunda venda para Gagosian que fez a transferência do título da escultura para ele antes que o pagamento total da obra fosse feito. Gagosian, por sua vez, vendeu a escultura para Leon Black, um colecionador de arte de Nova York, em um acordo que teria permitido que Black tomasse posse da obra antes que o pagamento fosse completado.

    No decorrer da operação, de acordo com a queixa de Pelham, a filha de Maya Widmaier-Picasso, Diana, recebeu uma comissão de Gagosian para agir como intermediária na segunda venda.

    As informações do contrato foram recolhidas pela Pelham depois que ele ganhou a aprovação do tribunal para buscar documentos e e-mails sobre a segunda venda. O caso, que também está a avançar em direção a um julgamento em Genebra, onde a primeira venda ocorreu, está programado para ser julgado em 19 de setembro em Nova York. A escultura esteve exposta no MoMA até o início de fevereiro e agora permanece na posse de Gagosian durante os processos judiciais.

    Um porta-voz da Gagosian Gallery afirmou: "nós compramos e vendemos a escultura de boa fé e com bom título".

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